Sette

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Exatamente às 10, bateram na porta da sala que agora era minha

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Exatamente às 10, bateram na porta da sala que agora era minha.

—Entre — Falei levantando e caminhando até lá, era o Arrascaeta.

—Com licença — Ele pediu, eu dei espaço e ele entrou.

—Primeiro seja bem vindo, espero que se sinta a vontade comigo — Falei pra ele enquanto nos acomodávamos — Eu sou a Milena Esposito.

—Giorgian, por favor — Ele falou de um jeito meio tímido.

De maneira geral as pessoas se sentiam desconfortáveis na primeira consulta e eu que ainda não tinha tanta experiência além dos estágios ainda me sentia um pouco perdida. Principalmente lidando com homem, jogadores de futebol e que nunca tinham estado com um psicólogo ou terapeuta até então.

—Então Giorgian, eu não quero que você se sinta desconfortável comigo, então a primeira coisa que vou te falar é: eu não sou tão brava quanto deixei transparecer lá fora — Sussurrei com um sorriso, ele riu também.

—En sério? — Perguntou erguendo uma sobrancelha e me encarando — Gabi diz o contrário.

—Convenhamos, seu amigo é um pouco complicado — Limpei a garganta — O que estou querendo dizer é que aqui dentro, sou profissional.

—Eu não suspeitei disso em momento nenhum — Ele balançou a cabeça negativamente.

—Nós temos 50 minutos, De Arrascaeta — Olhei no relógio de pulso — Você já conversou com um psicólogo ou terapeuta antes? — Perguntei a ele.

—Na verdad já — Ele disse se ajeitando na poltrona — Quando chico.

—Hum... Foi uma experiência boa ou ruim? — Perguntei com um sorriso.

—Foi... Ok — Disse sem jeito — Não me lembro muito.

—Olha... — Suspirei — Você com certeza sabe o porquê de eu ter sido contratada — Falei observando pelo canto do olho ele assentir — O que você acha sobre isso?

—Bueno... — Ficou pensativo — Creo que todo mundo precisa falar um pouco sobre seus problemas — Me encarou.

—Que bom — Sorri — A maioria das pessoas ainda acha meio estranho você chegar e falar sobre sua vida com um estranho.

—Eu também acho — Disse de um jeito estranho.

—Eu sei que é estranho, mas pensa comigo... Eu sou uma estranha, não vou falar sobre seus problemas pra ninguém e ainda vou te ajudar a resolver. É como se eu fosse... Sua fada madrinha — Falei, ele riu.

—Certo, vou tentar.

—Vamos devagar. Preciso saber o que você acha que está acontecendo de errado por aqui — Falei a ele, mexendo na caneta que tinha em mãos.

—Hum... Acho que... Muita troca de professor, mudanças táticas demais, entende? — Ele falou, eu peguei meu caderno e comecei a anotar.

—Só isso?

𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora