Milena Esposito não sabia quem era seu pai até ouvir uma conversa entre sua mãe a sua avó atrás da porta e descobrir que ele era ninguém mais ninguém menos que Renato Gaúcho, o novo técnico do Flamengo.
Após a descoberta um teste de DNA é marcado, m...
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A sexta-feira chegou mais rápido do que eu esperava.
Acho que não estava nada preparada pra ver minha mãe de casalzinho com o Renato, sem contar que todas as amigas da minha avó iam estar lá, o que significava que iam ficar me perguntando "dos namoradinhos" de cinco em cinco segundos. Eu não tinha paciência pra isso, dava logo vontade de responder um "tão na puta que te pariu", mas tinha que ficar me segurando porque vovó era cardíaca e não podia passar estresse.
Minha sorte é que tinham convidado a família da Hope e ela tinha me dito que iria... Ainda ia levar o Arrascaeta, parecia que as coisas estavam ficando sérias entre eles.
Eu estava fora de coisas sérias, já bastava tudo que estava acontecendo no Centro de Treinamento do Flamengo.
Quando achamos que as coisas começaram a melhorar... Pioraram. Diversos jogadores começaram a se machucar, o Renato começou a ser cobrado, a Diretoria começou a ser cobrada e as coisas começaram a recair sob os meus ombros.
Mas o que eu poderia fazer se o problema não fosse o psicológico dos jogadores? O problema estava enraizado.
Os horários de treino tinham sido mudados, eles ganhavam folgas demais e o Departamento Médico não me parecia ser dos melhores.
A final da Libertadores estava chegando e apesar de trabalhar e torcer pelo Flamengo, estava esperando o pior. Queria me sentir diferente, mas...
Dei uma última conferida no look que tinha escolhido, como estava frio o casaquinho não podia faltar. Estava pronta pra chamar um Uber quando a campainha tocou.
Caminhei até lá sentindo um frio estranho na barriga, não estava esperando ninguém. Era nisso que dava ficar lendo os livros da Darkside até tarde, ainda mais os do selo "Crime Scenes" que são baseados em fatos reais.
Só que não era nenhum assassino, até porque assassinos não costumam tocar campainha, era o Andreas. Ele estava parado e usava uma roupa que eu não estava tão acostumada a vê-lo usando. O suéter era amarelo mostarda e tinha uns rabiscos vermelhos na frente e o tênis era tão colorido e tão chamativo quanto a blusa. Eu ergui uma sobrancelha, levantando o olhar e o encarando.
—A gente não tinha marcado nada... Né? — Olhei pra ele desconfiada, não duvidava nada de ter marcado da gente se ver justamente no dia do aniversário da minha avó, minha cabeça andava a mil ultimamente.
—Não — Apertou os lábios e balançou o corpo pra frente pra trás algumas vezes — Só o aniversário da sua vó.
Que? Minha reação foi soltar uma risada.
—Você tá aqui pra ir pro aniversário da minha avó? — Perguntei, ele assentiu como resposta — Você? — Perguntei de novo, ele abriu um sorrisinho do lado.
—Porque? Você anda convidando outros caras pra sua cama e eu não tô sabendo? — Apertou os olhos em minha direção.
—O que minha cama tem a ver com o aniversário da Nonna? — Passei a língua nos lábios.