Dormir numa barraca tinha seus prós e contras.
Era apertado, desconfortável, você acordava junto com as galinhas, com o sol todo na sua cara...
O lado bom era a companhia.
Eu acordei do lado de um que estava com a mão enfiada dentro da minha blusa. Um arrepio involuntário se espalhou pelo meu corpo quando percebi.
Exatamente como da vez que tínhamos dividido a cama na casa da Hope, a mão dele tinha escapulido por debaixo dos lençóis e ele segurava um dos meus seios. Na maior tranquilidade do mundo.
Dessa vez eu não estranhei, a sensação era quase... Familiar. Certa.
Fiz o possível pra não me mover, mas eu devia estar a tanto tempo naquela posição que meu quadril estava doendo.
—Você se mexe demais — Ele falou, a boca praticamente colada no meu pescoço.
—Eu passei a noite quietinha — Falei, sem me mexer.
—Com você sabe se estava dormindo? — Perguntou também se mexer.
—E como você sabe que eu me mexo muito sendo que também estava dormindo? — Perguntei de volta.
A mão dele ainda está no meu peito e isso me deixa coisada. Eu queria que ele tirasse? Não. Não mesmo. Ele podia passar o dia com ela ali que eu não ia reclamar. Estava tão quente.
—Eu queria ter dormido, mas você se mexe muito — Ele falou, se remexendo — Então tenho propriedade pra falar sobre o quanto você é inquieta até dormindo.
—Mas nossa... — Murmurou — Você sempre acorda doce desse jeito? — Perguntei, ele riu e fez aquele negócio com a barba. Passando ela no meu pescoço.
—Eu sou doce sempre — Respondeu com um sinal de provocação na voz, deixando um beijinho por lá exatamente como tinha feito a noite.
—Meu Deus, porque as coisas parecem tão sujas quando saem da sua boca? — Questionei.
—O problema não sou eu, é você — Ele soltou uma risada.
E mexeu a mão.
Aham, a que estava no meu peito.
Foi só um tiquinho, uma pressãozinha boba, mas pra mim... Puta que pariu.
—Sou eu, é? — Perguntei quase sem ar — Você faz de propósito e a culpa é minha?
—Como sabe que eu faço de propósito? — Beijou meu pescoço de novo.
—Você é muito cínico — Falei, ele me respondeu fazendo a mesma coisa com a mão — O que vai me dizer? Que sua mão tem vida própria e se enfiou aí por escolha dela e não sua?
—Não, eu vou dizer que foi uma escolha mútua — Ele disse e mesmo não podendo ver seu rosto, tinha certeza que ele tinha aberto aquele sorrisinho de lado. Aquele que me matava toda vez que aparecia — Eu queria, ela queria e você queria também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀
FanfictionMilena Esposito não sabia quem era seu pai até ouvir uma conversa entre sua mãe a sua avó atrás da porta e descobrir que ele era ninguém mais ninguém menos que Renato Gaúcho, o novo técnico do Flamengo. Após a descoberta um teste de DNA é marcado, m...