Ventidue

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Dormir numa barraca tinha seus prós e contras

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Dormir numa barraca tinha seus prós e contras.

Era apertado, desconfortável, você acordava junto com as galinhas, com o sol todo na sua cara...

O lado bom era a companhia.

Eu acordei do lado de um que estava com a mão enfiada dentro da minha blusa. Um arrepio involuntário se espalhou pelo meu corpo quando percebi.

Exatamente como da vez que tínhamos dividido a cama na casa da Hope, a mão dele tinha escapulido por debaixo dos lençóis e ele segurava um dos meus seios. Na maior tranquilidade do mundo.

Dessa vez eu não estranhei, a sensação era quase... Familiar. Certa.

Fiz o possível pra não me mover, mas eu devia estar a tanto tempo naquela posição que meu quadril estava doendo.

—Você se mexe demais — Ele falou, a boca praticamente colada no meu pescoço.

—Eu passei a noite quietinha — Falei, sem me mexer.

—Com você sabe se estava dormindo? — Perguntou também se mexer.

—E como você sabe que eu me mexo muito sendo que também estava dormindo? — Perguntei de volta.

A mão dele ainda está no meu peito e isso me deixa coisada. Eu queria que ele tirasse? Não. Não mesmo. Ele podia passar o dia com ela ali que eu não ia reclamar. Estava tão quente.

—Eu queria ter dormido, mas você se mexe muito — Ele falou, se remexendo — Então tenho propriedade pra falar sobre o quanto você é inquieta até dormindo.

—Mas nossa... — Murmurou — Você sempre acorda doce desse jeito? — Perguntei, ele riu e fez aquele negócio com a barba. Passando ela no meu pescoço.

—Eu sou doce sempre — Respondeu com um sinal de provocação na voz, deixando um beijinho por lá exatamente como tinha feito a noite.

—Meu Deus, porque as coisas parecem tão sujas quando saem da sua boca? — Questionei.

—O problema não sou eu, é você — Ele soltou uma risada.

E mexeu a mão.

Aham, a que estava no meu peito.

Foi só um tiquinho, uma pressãozinha boba, mas pra mim... Puta que pariu.

—Sou eu, é? — Perguntei quase sem ar — Você faz de propósito e a culpa é minha?

—Como sabe que eu faço de propósito? — Beijou meu pescoço de novo.

—Você é muito cínico — Falei, ele me respondeu fazendo a mesma coisa com a mão — O que vai me dizer? Que sua mão tem vida própria e se enfiou aí por escolha dela e não sua?

—Não, eu vou dizer que foi uma escolha mútua — Ele disse e mesmo não podendo ver seu rosto, tinha certeza que ele tinha aberto aquele sorrisinho de lado. Aquele que me matava toda vez que aparecia — Eu queria, ela queria e você queria também.

𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora