Milena Esposito não sabia quem era seu pai até ouvir uma conversa entre sua mãe a sua avó atrás da porta e descobrir que ele era ninguém mais ninguém menos que Renato Gaúcho, o novo técnico do Flamengo.
Após a descoberta um teste de DNA é marcado, m...
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Eu não me considero uma pessoa barraqueira, no geral sou até calma, mas ficar aguentando essa mulher chata estava fazendo com que eu questionasse meu próprio caráter.
Será que era pecado descer a mão na cara dela pra ver se ela calava a boca por pelo menos um segundo inteiro?
Ela estava tagarelando sobre cavalos desde a hora que tínhamos chegado, quase falei pra ela que ela tinha escolhido o jogador do Flamengo errado pra se relacionar, já que o Arrascaeta também era louco por cavalos, mas o pobi do Arrasca merecia algo muito melhor do que essa louca desvairada e claro, tinha a Hope na história também.
—Pois é, Marcos. Então eu precisei vender a Preciosa e agora não sei o que vou fazer com isso de ter que me mudar pra cá — Ela falava, em italiano. Provavelmente achava que eu não entendia, mal sabia ela que tinha nascido na Itália.
—O que você tem? — Andreas perguntou baixinho no meu ouvido, colocando uma das mãos sobre minha coxa.
—Nada, porquê? — Menti, o coitado também não merecia saber que eu estava pensando em pelo menos umas dez formas diferentes de armar um barraco com a ex mulher surtada.
—Não é, Milena? — Seu Marcos falou, todo mundo virou a cabeça na minha direção.
—Desculpa, não estava prestando atenção — Falei, sentindo minhas bochechas arderem.
—Estava contando pra Patrícia que você é italiana — Ele disse, todo animadinho, eu desviei o olhar dele para encarar a nojenta da ex mulher do Andreas. Uma das sobrancelhas dela estava arqueada, como se dissesse "some daqui, filha da puta".
—Pois é — Murmurei, sem saber o que falar.
—O Andreas até chegou a comentar uns dias atrás que você tinha recebido uma proposta de emprego muito boa por lá — Dona Anaida disse, com um sorrisão no rosto — Era num hospital no Centro, não é?
—Sim sim — Abri um sorriso, tentando pelo menos parecer simpática.
—E porque você não foi? — Patrícia perguntou, um sorrisinho nos lábios aparecendo — Aposto que ninguém aqui sentiria sua falta.
—Pelo amor de Deus, Patrícia — Andreas murmurou do meu lado, o aperto ficando mais forte em minha coxa.
—Não fui porque não quis — Respondi pra ela — Diferente de você eu penso no meu namorado — Acrescentei, ela riu.
—Nossa, pra quem acabou de chegar você já tá sabendo bastante sobre o que eu tive com ele — Ela ergueu uma sobrancelha, levando a taça de vinho até a boca.
—Meu amor não precisa saber de nada pra se dar conta que você é uma filha da mãe — Soltei uma risada — Só que o venha a nós o teu reino, né? O Andreas que se foda ficando longe da filha por meses.
A mesa ficou em silêncio, a irmã do Andreas quase soltou uma risada e o Andreas estava perto de deixar uma marca na minha coxa de tão forte que a apertava.
