Ventisei

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Eu tinha que desmaiar?

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Eu tinha que desmaiar?

Eu tinha?!

Mas claro que tinha, porque eu não podia ver uma vergonha que queria tá passando.

Não sei como eu fui parar no carro dele, só sei que acordei com o motor roncando, ele morrendo de rir da minha cara e o Renato me ligando.

—Você contou pro Renato? — Perguntei assustada.

—Tá doida? Ele ia me matar se soubesse que tô aqui — Falou saindo da vaga do estacionamento.

—Oi — Atendi a ligação — Como foi na clínica? Ou você não foi?

—Ahn... Foi... Bem? — Menti. Foi um puta de um desastre, Andreas segurou uma risada do volante, lhe desci um tapa.

—Ela conseguiu colher o sangue direitinho? Você desmaiou? — Perguntou todo gentil e preocupado.

Ele estava sendo pressionado pelos torcedores. Desde o jogo da semifinal, o time não estava conseguindo ir tão bem. Eu não sabia se cobrava junto, por ser torcedora, ou se dava uma moral, por —— provavelmente —— ser filha dele.

—Se eu desmaiei? — Engoli em seco — Então... — Andreas ameaçou falar, eu tampei sua boca com minha mão — Aí! — Gritei quando o sem vergonha mordeu minha mão — Renato, foi tudo bem. Te ligo depois — Desliguei a ligação, descendo um tapão no braço do Andreas — Doeu, idiota.

—Idiota? Eu nem almocei pra vir segurar sua mão no exame. Ainda te carreguei no colo, desmaiada, e você me agradece me batendo e me xingando? Poxa, aí não Vita — Balançou a cabeça negativamente.

Uma imagem nada apropriada para o horário se formou em minha mente. Mil e uma formas de demonstrar a gratidão por ele ter vindo me ajudar.

—Quanto drama — Revirei os olhos, guardando meus pensamentos só pra mim.

—O que eu falei na clínica continua de pé. Se você quiser — Me olhou de lado, com os olhos apertadinhos.

Só a ideia de ficar a sós com ele numa casa vazia me deixava zonza. Eu não conseguia deixar de pensar no quanto a gente vinha se provocando ultimamente, pensar no "finalmente" me deixava ansiosa. E com medo. Imagina se não fosse tão bom quanto parecia que ia ser?

—Ficar a sós comigo? — Perguntei sentindo meu coração bater na garganta.

—Olha... Eu estava falando sobre a aposta que eu perdi, mas isso vai ser ótimo também — Apertou os lábios.

—Ah é, a aposta que você perdeu — Soltei uma risadinha — Vamos ouvir muito One Direction mais tarde — Comentei, erguendo uma sobrancelha.

—Pra ser sincero eu quero ouvir outra coisa — Me olhou de lado de novo — Mas... Se ouvir essa banda vem no pacote... Por mim tudo bem — Estalou a língua no céu da boca.

𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora