Eu estava tremendo. E não sabia se era o frio ou se era a ansiedade, porque... Não aconteceu nada.
Quer dizer... Ele se afastou e agarrou minha mão, me puxando pro sofá, mas pelo que tinha falado, imaginei que ia me agarrar ali mesmo.
O homem era o Deus do autocontrole. Eu estava a ponto de perder o restinho que tinha.
A chuva tinha piorado e dava pra escutar o barulho que ela fazia mesmo depois dele ter colocado a playlist pra tocar de novo, com o volume bem mais baixo dessa vez.
Começou a tocar Pillow Talk, do Zayn. Eu apertei os lábios, olhando pra ele.
—O que você está pensando? — Perguntei, tentando tirar a sensação de que eu ia explodir a qualquer momento, esperando que ele fizesse alguma coisa.
—Hum... — Ele tocou minha perna.
Mesmo estando frio eu estava de short, um daqueles folgados e quentinhos, desci meu olhar pra mão dele, ameaçando entrar pela perna do short.
—No que começamos mais cedo — Disse, apertando minha coxa suavemente, depois subindo a mão...
Eu olhei pra ele, ele me olhou de volta. Prendi meu lábio entre os dentes. Ia acontecer.
Graças a Deus por ter batido o Gillette no box, graças a Deus.
Ficamos presos no olhar um do outro por um tempo, até ele —— finalmente —— perder a paciência e se mexer no sofá.
Eu me afastei e em segundos me vi deitada.
Ele não tirou a mão da minha perna, mas passou ela da frente para atrás, enfiando-a por dentro do short.
Eu arfei quando ele apertou minha bunda, enterrando os dedos em minha pele.
Foi automático: afastei minhas pernas pra ele praticamente se deitar sobre mim, sua boca encontrando a minha segundos depois.
O beijo dele...
Era diferente.
O jeito que ele me apertava, se aprofundava em mim e depois se afastava, apenas roçando os lábios nos meus... Eu não conseguia explicar a sensação que isso deixava em meu corpo. Não conseguia explicar o que ele conseguia fazer comigo.
Os lábios saíram roçando dos meus, pela minha bochecha, subindo para minha orelha...
A mão dele subiu pelo meu braço e parou no meu pescoço, como se fosse me enforcar, mas sem forças para isso.
—Não vou parar — Falou contra meu ouvido, apertando um pouco a mão no meu pescoço, a voz tão rouca que... Soltei um gemido. Eu não queria que ele parasse.
A mão saiu do meu pescoço, desceu pelo meu busto por cima do moletom que eu estava usando, entrando por baixo dele, mas tudo isso numa calma que eu estava surtando. Não sabia como ele conseguia.
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𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀
FanfictionMilena Esposito não sabia quem era seu pai até ouvir uma conversa entre sua mãe a sua avó atrás da porta e descobrir que ele era ninguém mais ninguém menos que Renato Gaúcho, o novo técnico do Flamengo. Após a descoberta um teste de DNA é marcado, m...