Otto

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Quatro dias de serviço e eu estava exausta

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Quatro dias de serviço e eu estava exausta. Hoje era sexta-feira amanhã era a tão falada festa na casa do Gabigol e eu só conseguia pensar que ele era meu próximo paciente.

Depois do encontro nada agradável com ele e os outros jogadores na segunda, não sabia o que esperar dele. O que eu sabia era que ele era um poço de deboche e eu não tinha muita paciência pra isso.

Meu celular tocou e eu me estiquei pra abrir a gaveta da mesa e pegá-lo. Era a Hope.

—Oi! — Atendi animada.

—Estava pensando... E se eu usasse aquela saia que te mostrei na festa amanhã? Acha que vai ficar legal com aquele cropped... — Ela fez uma pausa — Que ódio, não acredito que ele tá aqui.

—Ele quem? — Quis saber.

—O Arrascaeta! Nem te contei, mas sou eu que tô fazendo os produtos pra cabelo e de barbear dele né? Acabei de chegar na empresa e tô vendo ele entrar na minha sala — Sussurrou ela, eu soltei uma risada.

—Boa sorte, eu nem posso falar contigo agora. Vou atender seu amiguinho — Falei em tom de deboche.

—O Gabriel? Avisa ele que ele deixou o portão da casa dele aberto e levando em consideração o tanto que as senhorinhas aqui do condomínio odeiam ele, eu ficaria preocupada — Ela Riu, eu a acompanhei.

—Ele deve ser um amor de pessoa — Ironizei. Alguém bateu na porta da minha sala, provavelmente ele — Tenho que ir, a gente se vê mais tarde — Desliguei a ligação e me levantei indo abrir a porta — Você está oito minutos atrasado — Falei olhando no relógio de pulso.

—Jura?! — Disse com sarcasmo, eu precisei respirar fundo umas duas vezes antes de dar espaço pra ele passar.

—Fique a... — Ia falar vontade, mas quando fechei a porta e me virei, me deparei com ele jogado na poltrona e com as pernas na minha mesa. Meu Deus, meu Deus eu queria muito xingar esse homem.

—Opa, desculpa. Não sabia que você era ciumenta com móveis — Ele Riu de lado quando viu minha cara e tirou os pés da minha mesa.

—É uma questão de modos — Falei limpando a garganta e sentando em minha cadeira — Sei que começamos mal... — Ele se ajeitou e me encarou — Sinto muito por ter falado daquele jeito, mas eu fiquei irritada.

—Eu percebi — Continuou sorrindo — Mas parece que você é mais legal do que eu imaginei, pelo menos é o que os caras andam comentando por aí.

—A Hope pediu pra avisar que sua casa corre sérios riscos de ser saqueada essa tarde — Falei tentando manter o clima agradável, talvez conseguisse arrancar alguma coisa dele levando a consulta toda na brincadeira.

—Como assim? — Ergueu uma de suas sobrancelhas grossas.

—Seu portão ficou aberto e parece que você fez inimizades com as senhorinhas do condomínio — Contei, ele gargalhou.

𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora