Ventiquattro

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—A Kombi da minha vó vai estar inteira quando eu voltar, né? — Perguntei pro Andreas

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—A Kombi da minha vó vai estar inteira quando eu voltar, né? — Perguntei pro Andreas.

—Porque não estaria? — Ele perguntou sem tirar os olhos da estrada.

Estrada era um termo estranho a se usar levando em consideração o tamanho do engarrafamento que estávamos enfrentando.

—O que você gosta de ouvir? — Perguntei mexendo na playlist do spotify dele — Pagode? Não imaginei.

—Achou que eu escutava gospel? — Me olhou e sorriu.

—Você? — Gargalhei — Se tem uma pessoa que sabe que você não é santo, esse alguém sou eu, Belga.

—Porque? Não te fiz nada — Sorriu de lado.

—Nossa, mas essas menininhas que são suas fãs... As coitadas! — Soltei uma risada.

—O que tem? — Ele perguntou sorrindo também.

—Vi um vídeo seu esses dias, no reels, elas te acham fofinho. Carinha de bebê — Olhei pra ele de lado — Se soubessem... Aiai.

—A intenção é elas não saberem — Ele disse, me olhando de lado também — Sou reservado.

—Aham, reservado. Reservado só pra mim? — Brinquei, ele apertou os olhos na minha direção.

—Gosta de exclusividade, Vita? — Sorriu de maneira divertida.

—Olha... Levando em conta que você só teve uma namorada até hoje... Você não parece ser muito o tipo de relacionamento aberto — Pisquei um dos olhos em sua direção.

—Parece que passou bastante tempo pensando nisso — Ele falou, mordendo o lábio inferior.

Fiquei vermelha e ele abriu um sorrisinho, balançando a cabeça negativamente algumas vezes.

—Você entraria num relacionamento aberto? — Perguntou, voltando ao assunto.

—Não, porque? Você sim? — O encarei.

—Sei lá, acho que não — Balançou os ombros — É bom saber que a pessoa é só sua — Olhou pra minha boca — É bom saber que... Só você toca ela daquela forma e que só ela te toca daquela forma. Eu gosto disso.

Eu prendi a respiração e desviei o olhar. Sinceramente, gostaria de entender o porquê de ficar tão quente quando estava perto dele. Fazia dias, semanas que não estava conseguindo me controlar.

—Gosto disso também — Falei quando consegui manter o controle — De saber que não faria com outra o que faz comigo.

—Porque pareceu que estava falando pra mim? — Perguntou ele, virando um pouco o corpo no banco.

—Você disse que foi a primeira vez que aconteceu — Fiz uma pausa — A parada de acordar com a mão no meu... — Deixei no ar, ele desceu o olhar para o meu busto, mesmo eu estando com um moletom duas vezes maior que meu número — Talvez eu queira exclusividade nesse sentido.

𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora