Tredici

11K 1K 688
                                    

—Hummmm, alguém desliga essa luz — Enfiei minha cabeça embaixo do travesseiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

—Hummmm, alguém desliga essa luz — Enfiei minha cabeça embaixo do travesseiro.

Nenhuma resposta.

Eu tô mal. Minha cabeça tá girando. Será que eu tô dentro de um carro em movimento?

Levantei a cabeça e me forcei a abrir um olho.

Porra de carro nenhum. Não sei onde eu tô.

É um quarto.

—Ei — Chamei o Andreas que estava dormindo sentado numa poltrona —Ei! — Gritei, ele deu um pulo — Desliga essa luz.

—Ahn? — Ele questionou, abrindo e fechando os olhos devagar, com as mãos na cintura.

Eu tô bêbada?

Quero vomitar.

—A luz — Choraminguei — Vem deitar, tá fazendo o que aí? — Me virei na cama, uma duas, três vezes.

—Tá mal? — Ele perguntou andando até perto da porta.

—Eu? Mal? Eu tô ótima — Abri os braços, sentindo calor. Me livrei do edredom — Pode deitar aqui.

—Melhor não — Ele bocejou.

—Eu não vou te atacar — Resmunguei — Você pode dormir imprensado na parede laaaaa do outro lado — Apontei pra outra extremidade do colchão.

Ele piscou algumas vezes, olhando pra mim e meteu a mão no interruptor.

Ficamos no completo breu.

Porque eu mandei desligar a luz? Tenho medo de escuro. Até hoje uso aquelas luzes de borboleta na tomada pra não ficar totalmente escuro.

Escutei a cama ranger. Ele veio deitar. Eu abri os braços, só pra ter uma ideia de quão longe ele estava.

—Aí — Falou pegando minha mão. Eu tinha batido na cara dele.

Gargalhei.

—Tá com medo de mim, é?

—Convenhamos que você tá morta de bêbada, não é a pessoa mais confiável agora — Falou se remexendo na cama.

Eu não sei se era a bebida, mas eu queria muito chegar mais perto. Me remexi.

—Milena, vai dormir — Ele falou. Tava pertinho, senti o hálito dele bater no meu rosto.

Tateei em busca dele. Encontrei seu maxilar, desci pelo pescoço.

—Milena — Me repreendeu mais uma vez, segurando minha mão.

—Eu quero te beijar.

Puta que pariu. Porque bêbado é tão sincero?

Silêncio.

A mão dele continuou segurando a minha e eu ainda escutava e sentia a respiração dele contra minha têmpora.

—Você não quer, né? — Perguntei, minha respiração mais acelerada do que tudo — Tá me rejeitando — Não foi uma pergunta.

𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora