Ventitré

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—Nós vamos fazer a trilha que leva pra cachoeira — Hope parou na frente da cadeira que eu estava — Dar um mergulho, bora?

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—Nós vamos fazer a trilha que leva pra cachoeira — Hope parou na frente da cadeira que eu estava — Dar um mergulho, bora?

A gente tinha acabado de almoçar, a Alice tinha atrasado na comida, inclusive.

—Não, valeu — Respondi com um sorriso.

—Milena, me erra. Você vai sim — Hope revirou os olhos — Eu tô com o pé bichado e vou, porque caralhos você não vai?

—Tão meiga quanto um coice de mula — Brinquei, a galera riu.

—É sério, Milena. Porque não? — Hope insistiu.

—Ela não sabe nadar — Andreas respondeu por mim. A cozinha inteira virou pra ele e até eu tive que fazer isso — Que? Ela me contou — Deu de ombros.

—Vocês dois andam juntinhos demais, hein? — Pedro falou, soltando uma risada cheia de duplos sentidos. Eu com certeza estava vermelha.

—Que isso Pedroca, quer esplanar minha terapeuta? Aí não, pô — Matheuzinho falou abrindo os braços.

—Beleza — Gabriel levantou da mesa — Vamos nessa, então.

Eles foram se levantando.

—Não vai, né? — Matheuzinho deu tapas no ombro do Andreas – Porque eu não sou Belga, mano? — Se afastou balançando a cabeça negativamente. Andreas e eu ficamos sozinhos. Ele virou e me encarou.

—O que ele quis dizer com isso? — Perguntou franzindo o cenho — Não foi o que eu acho que foi, né?

—Foi nada — Respondi a ele — Como vamos gastar nosso tempo? — Levantei pegando meu prato e levando pra pia.

—Eu tenho ideias — Ele falou, parando ao meu lado.

—Porque parece que vai ser algo com duplo sentido? — Perguntei começando a lavar nossa louça.

—Aí depende de como você vai interpretar — Ele pegou o pano de prato pendurado no fogão.

—Não vai compartilhar a ideia comigo? — Perguntei entregando o primeiro prato pra ele.

—Primeiro você: o que quer fazer? — Perguntou enquanto secava o prato.

Ah, eu também tinha algumas ideias. Todas elas eram proibidas para menores de 18 anos. Olhei pra ele de lado, pensando no que poderíamos fazer sem ser nada muito comprometedor.

—Vamos terminar a louça daí conversamos, Belga — Falei, focando nos pratos na pia.

Ele ainda ficou perturbando durante toda a louça, mas fiquei segurando a provocação até terminarmos. Disse pra ele que o Arrasca tinha comentado ter alguns jogos no porão e descemos pra lá.

—Porra, só tem poeira aqui — Ele reclamou quando ligou a luz.

—Mas tem jogos mesmo — Falei pegando um tabuleiro de xadrez.

𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora