Sedici

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Eu devia ter marcado essa consulta para outra ocasião

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Eu devia ter marcado essa consulta para outra ocasião.

Esse joguinho com ele... Eu estava prestes a enlouquecer e olha que eu sempre fui uma pessoa sã.

Não sei porquê, mas fiquei olhando. Porra, porque eu gostava tanto de sofrer desse jeito? Ver uma coisa bonitinha daquelas e não poder chegar mais perto... Eu devia ser meio masoquista.

Ele demorou cerca de um ano inteiro me olhando e não tirou a blusa, não sei se estava incomodado, hesitando ou só brincando com minha cara. Talvez fosse a última opção, mas eu nunca ia saber.

—Tem certeza? — Perguntou me encarando.

—Meu material não pode ficar fora por muito tempo — Avisei, ele apertou os lábios, desviou os olhos e começou a tirar a blusa.

Eu fiquei presa em seus movimentos. O jeito que ele tirou a blusa me lembrou o jeito que os caras tiram a camisa naqueles filmes quentes, então depois eu analisei o corpo dele.

E foda-se que eu estava em ambiente de trabalho, eu não tinha credibilidade como terapeuta com ele mesmo, ele não ia me contar seus problemas, eu não ia poder ajudar, então o que me restava era isso. E simples assim eu estava deixando meu profissionalismo de lado pra ver um corpinho bonito.

Ele não era musculoso demais, mas também não era magro demais. Os braços eram torneados e ele tinha um taquinho definido que meu pai.

Fiquei me perguntando porque diabos não tirei uma casquinha naquela noite, se ele estava com a mão no meu peito eu podia muito bem ter corrido as mãos pelos gominhos sem peso na consciência. Nunca mais ia beber.

—Quer tirar uma foto? É bom que dura mais tempo — Falou ele, o peito subindo e descendo devagar, eu fiquei sem graça e olhei pro outro lado da sala, ele riu.

Não. Eu queria muito tocar. Nossa, como eu queria. Estava usando todo o controle que ainda tinha para não caminhar até lá e me jogar em cima dele. Dessa vez eu não tinha a desculpa de estar bêbada.

Desviei o olhar e limpei a garganta.

—E então, o que fazemos agora? — Ele perguntou.

Agora eu tinha que pedir pra ele deitar, mas não queria que ele deitasse. De jeito nenhum.

—Primeiro eu vou ter que... Hum... Te tocar — Falei me virando pra olhar pra ele e conferir se o sorrisinho de canto estava lá. E estava — Preciso descobrir quais os pontos mais doem antes de começarmos a sessão — Completei fazendo a volta na maca, ele me seguiu com o olhar.

—Quer descobrir o que? — Me perguntou, agora eu não podia ver seu rosto, mas jurava que tinha um ar de provocação em sua voz.

Que Deus me perdoasse por estar fazendo isso no trabalho, mas eu queria muito saber como ele ia reagir ao meu toque, então parei bem atrás dele.

𝐕𝐈𝐓𝐀 • 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐈𝐑𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora