Capítulo 74

295 20 0
                                    

Victor Augusto

—B: tudo bem.– ela desisti.

Terminamos o banho, vestimos nossas roupas e vamos pra cama.

—B: já vai dormir?– pergunta me vendo ligar o ar-condicionado e deitar na cama.

—V: já, você não?

—B: vou, posso te pedir uma coisa?

—V: pode.

—B: posso ser a concha menor hoje?

—V: mas eu gosto de ser a menor.

—B: eu também e eu sempre sou a maior.

—V: mesmo assim, você é mais quente que eu então é natural que você seja a de fora.

—B: vai por favor?

—V: a não princesa.

—B: então eu não vou dormir contigo.

—V: e vai dormir aonde?

—B: no quarto de visitas.

—V: e eu vou dormir sozinho? Sem você?

—B: sim.

—V: eu não quero, eu sinto frio quando você não tá aqui.

—B: então deixe eu ser a concha menor.

—V: mas... mas...

—B: sem mas, é pegar ou largar.

—V: taaa.– falo emburrado.

Deitamos na cama e eu abraço ela, fazendo cafuné na sua cabeça. Então começa a chover forte lá fora e com o som da chuva e o calor do contato de nossos corpos, pegamos no sono.

[...]

Eu acordo com um barulho alto e vejo que ainda está escuro, olho no relógio e são 5:00 da manhã. Então outro trovão estronda na rua, iluminando o quarto.

Eu me sento na cama encolhendo as pernas e sem querer acabo chorando, o que só piora quando ouço mais um trovão ecoar pelo quarto escuro.

—B: Vic?– pergunta me olhando preocupada.

—V: desculpa te acordar, é só que eu acordei com os barulhos e...– não consigo terminar de falar pois acontece mais um clarão e logo em seguida ouço o barulho fazendo eu me encolher.

—B: você tem medo de trovão?– eu aceno com a cabeça.

—B: como eu nunca soube disso?

—V: é recente.

—B: mas como?

—V: na noite do dia que nos afastamos, ocorreu uma tempestade e tudo o que eu conseguia ver e ouvir trancado aqui no quarto eram os trovões e a claridade deles.

Continua...

Você confia em mim? {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora