1 - Um Bom Começo

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Em uma manhã de primavera, raios solares invadem as imensas janelas do castelo, a brisa fica levemente robusta, pássaros rodeiam todo o reino enquanto cantam em sintonia e os cidadãos que têm lojas e mercadorias começam a se despertar de uma longa noite de sono para ajeitar suas vendas. Pode-se dizer que é uma manhã como qualquer outra já vivida no reino de Mahina: calma e sempre em harmonia.

Com a iluminação solar que adentra seu quarto, Diana, a princesa caçula do reino, se desperta. A menina portanto, puxa as cobertas que se encontram estendidas sobre sua cama para cima de sua cabeça, cobrindo-se por completo e impedindo que toda aquela luminosidade voltasse a atrapalhar seu sono.

Pouco tempo depois, a garota solta um breve suspiro, admitindo vitória à claridade, e levanta-se de sua cama, direcionando-se ao banheiro e parando em frente ao espelho.

Abre a torneira, ajustando a água para que ela fique morna, e lava seu rosto com o intuito de acordar por completo. Seca-se e prende a pequena toalha onde ela estava antes.

Agarra sua escova de cabelos e põe-se a pentear seus fios da coloração de uma noite sem luar que tem pequenas, porém marcadas ondulações, as quais vão até um pouco acima de sua cintura.

Expostos ao sol, as tonalidades de mar que facilmente encantam qualquer um e os convidam a desafiar as ondas – nas quais muitos costumam se afogar – os olhos da garota se destacam em meio aos fios negros que rodeiam seu rosto, dando atenção ao seu mirar, sua pele clara e suas bochechas levemente rosadas.

Abre a pequena gaveta embaixo da pia e pega seu hidratante labial, passando-o delicadamente sobre seus lábios carnudos, dando uma tonalidade quase imperceptível de vermelho aos mesmos.

Sem demora, a garota ouve batidas em sua porta e uma doce voz a chama logo em seguida - Diana?

- Pode entrar - responde, já sabendo quem se encontra do outro lado da porta.

A extensa entrada de seu cômodo é arrastada com um certo grau de dificuldade, pela camareira estar levando um pequeno carrinho carregado de lençóis de cama, edredons e toalhas junto de si.

- Bom dia - fala ela, deixando o objeto que carrega ao lado do sofá do quarto da mais nova.

- Bom dia, Amanda - diz, voltando sua atenção à mais velha.

Os quadris largos da camareira se direcionam até a cama, onde ela arruma algumas das almofadas que se encontram sobre a mesma com seus grossos braços, levantando-as e colocando-as umas ao lado das outras enquanto ela estica os lençóis que estão sobre o colchão.

A claridade que adentra o quarto pela janela vai diretamente aos cabelos ruivos encaracolados, mas que não tem definição alguma de Amanda, os quais se põem mais claros, chegando a ficar com alguns fios dourados.

Não é possível de se distinguir se os olhos castanhos escuros da empregada trazem conforto à princesa de Mahina por estar acostumada a vê-los desde pequena ou se é por conta da proximidade que têm uma com a outra.

- Dormiu bem? - pergunta, observando a menor caminhar até seu closet.

- Sim e você?

- Mais ou menos... é complicado dormir em um quarto pequenino com tantas pessoas.

- Sinto muito. Vou ver o que posso fazer para melhorar as coisas para vocês.

- Obrigada, piquetucha, mas não é necessário. Isso lhe causará encrencas com sua família.

- Não se preocupe com isso. Será apenas um problema a mais junto aos milhões que já tenho. Será como colocar uma pitada de sal nas ondas da praia - agarra um vestido azul escuro, cujas mangas são curtas e com pequenos detalhes em prata e vestiu-o. Pega duas mechas de seu cabelo e as prende atrás de sua cabeça utilizando uma fita da mesma tonalidade da vestimenta que usa e, por fim, calça sapatilhas também azuis.

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