5- Pinceladas do Passado

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James acorda e permanece encarando o teto de seu quarto durante um bom tempo, por este ser seu modo de se despertar. Levanta-se de sua cama e vai a caminho do banheiro para tomar uma ducha.

Posteriormente, coloca uma roupa confortável: calças largas em um tom de cinza escuro e uma blusa um pouco apertada, a qual tem mangas que batem em seus antebraços, cinza clara.

Sacode uma toalha em cima dos cabelos encharcados, desce as escadas do castelo e vai até o salão de jantar, onde encontra apenas a mesa posta. Há variedades de frutas, salgados e doces, mas ninguém para comê-los.

Aproveitando que pode escolher dedo-a-dedo quais dos alimentos deseja em seu prato, coloca um bocado de cada um de seu desejo, dentre eles pequenas baguetes, pães de queijo, tiras de presunto, queijo, salame e peito de peru, fatias de bolo de chocolate, bolo de cenoura com cobertura, bolo de fubá e de baunilha. Enche um de seus copos com água e no outro coloca leite quente com achocolatado.

Enquanto se decide por onde começar a comer, solta um breve suspiro, admirando a quantidade de comida à sua disposição e estica os braços para sempre, alongando-se. Se fosse fazer como de costume, esperaria pelo menos uma pessoa se juntar à ele para comer, mas não consegue resistir ao grande banquete posto a sua frente.

Ao pegar um pão de queijo e levá-lo para perto de sua boca entreaberta, percebe que a porta do salão se abre lentamente e desvia o olhar para a mesma, perguntando-se quem seria àquela hora - quem está aí? - questiona com a voz firme, arrependendo-se profundamente de colocar a comida de volta no prato e se levantar, indo em direção ao barulho.

- James? - uma voz feminina indaga, abrindo a entrada completamente.

- Aurora - fala o príncipe, tranquilizando-se por ver que quem causara o barulho fora apenas sua prima.

- Quem mais seria? - pergunta, abrindo um sorriso - não é como se alguém tivesse o interesse em te visitar - provoca e o menino consegue muito bem conter um sorriso, apenas revirando os olhos.

- Sente-se. Pode se servir - convida a menina e ela assim o faz, escolhendo o aposento ao lado de seu primo.

- Onde está Lucas?

Ouvem os passos altos do príncipe nas escadarias - aí está ele - murmura, suspirando sem paciência pela barulheira causada pelo irmão para descer simples degraus.

- Aurora! - inclina seu corpo em direção à mesa, mirando sua prima enquanto leva uma fatia de queijo até a boca - chegou mais cedo, não?

- Era para ter vindo apenas semana que vem, mas meus pais tiveram que fazer uma viagem importante e eu não conseguiria presenciar a coroação em Mahina se não viesse alguns dias antes.

- Foi convidada? - o príncipe loiro pergunta, franzindo a testa.

- Por eles, não. Mas vou como convidada de vocês. Não é como se fossem me expulsar da festa - um sorriso convencido se abre em seu rosto e podem ouvir James soltar uma curta risada nasalada dentro do copo que está em sua boca.

Helena e Gabriel adentram o salão um ao lado do outro de mãos dadas e, ao se depararem com sua sobrinha, a rainha a cumprimenta - bom dia, minha flor! Já tomou café da manhã?

- Na verdade, não.

- Oras, sente-se! Vamos todos comer juntos - e eles assim o fazem.

Após alguns minutos jogando conversa fora, Gabriel diz - estão com suas vestimentas arrumadas para hoje à noite? - refere-se à coroação do príncipe de Mahina. O rei não gosta – não suporta – a ideia de trazer qualquer assunto referente ao reino vizinho quando sua esposa ou seus filhos estão por perto, por saber sobre todas as encrencas já ocorridas entre Aruna e Mahina e por saber das mentiras contadas por sua esposa para seus filhos. Porém, quando o tópico é importante, às vezes é necessário que ele tome a palavra, já que tem consciência de que Helena não consegue lidar muito bem tanto com suas palavras quanto com suas emoções quando este é o tema abordado.

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