39° capítulo

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LUCAS 😬

Batuco os dedos no volante do carro, não é possível que todo mundo tá lerdo hoje, já era pra polícia está aqui, o Lamar, mas ninguém chegou.

Observo a pequena casa de longe, eu devia ir lá. Sei que tem gente em casa pela luz acesa.

Nunca vou me perdoar por não perceber, ela me deu sinais, e eu estava vendado e não percebi. Dói profundamente no meu peito saber que eu que cresci ouvindo tudo sobre violência doméstica, não ter me ligado nisso.

Soco o volante me sentindo com raiva, eles vão demorar demais, como a polícia não chegou ainda? Caralho.

Me inclino pra frente e caço com as mãos a gavetinha embaixo da minha poltrona, abro a gaveta e pego minha arma, confiro as balas e ela tudo certo. Só pra contar é legalizada.

Saiu do carro e fecho a porta sigo pro portão e tento abrir, se eu bater a grandes chances dela abrir a porta e não vai me deixar entra, mas também pode ser que ele abra, aí eu invento alguma coisa. Coloco a arma na parte de trás da minha calça e cubro com meu paletó. Bato no portão e coloco as mãos no bolso esperando. Se passam alguns minutos, mas finalmente escuto o trinco sendo aberto. Já fico em alerta.

_ Boa noite_ Diz o que eu acredito ser o marido, olho sua mão e vejo uma garrafa de cerveja.

_ Boa noite_ Digo_ É...eu sou_ Fecho os olhos tentando me lembrar do que ele trabalha_ O meu carro deu um problema, estou no meio da estrada e não funciona de forma alguma_ Falo finalmente.

O filho da puta saiu e tranca o portão novamente.

_ Deve ser algum problema, o carro é novo?_Ele indaga.

_ Aquele ali_ Aponto pro meu carro_ Você poderia dar uma olhada, um amigo disse que você trabalha com carros.

_ Consegue botar ele na garagem?_ Assinto, e vou até meu carro, entro e espero ele abrir um outro portão.

Ali dentro observo ele pegar umas ferramentas e abrir o capô do carro, cruzo os braços a aperto os olhos observando o lugar, tem uma portinho no fim da oficina, acredito que ali deva ser a casa.

_ Vai ter que comprar uma peça nova, eu v não aqui se você quiser troco agora_ Ergo a sobrancelha. Além de agressor ainda tá tentando me passar a perna.

Veja bem, comprei o carro a três meses, a dois dias eu fui no mecânico e o carro está novinho. Ele tá querendo é minha peça novinha, mas o carro depois eu vejo outra, o importante agora é ela.

_ Por está tudo bem, carro vindo de outro país é foda, passa na mão de muita gente.

_ Pois é! Resolvo rapidinho pra você_ Assinto e ele bebe um pouco da cerveja e depois abre uma caixa pegando o que acredito ser outra peça pro meu carro.

Fico ali vendo quando ele se abaixa e entra embaixo do carro. Aproveito o momento e me afasto do carro, vou até a portinha e giro a maçaneta. Abro e tranco a porta no lado de dentro. Vou andando por um corredor pequeno, aqui é a lavanderia. Eu pago um ótimo salário aos meus funcionários, como pode ela morar numa caixinha assim. Era bem organizada e limpa, mas era muito simples. Vejo outra porta e abro. Saiu numa sala pequena a tv estava ligada num canal qualquer de futebol e sobre a mesa havia algumas garrafas de whisky.

_ Cllara?_ A chamo e olho o corredor com duas portas_ Sou eu Lucas..._ Franzo o cenho e sigo para a cozinha_ Ei..._ Digo e olho em volto, onde ela está_ Cllara?..._ Corro os olhos para uma mesa grande de madeira e vejo apenas pés pequenos, corto até atrás dele e me abaixo_ Cllara?_ Desisto de tocar nela quando percebo que está muito machucada_ Fala comigo_ Levo meus dedos até a lateral do seu pescoço e agradeço quando vejo que ela viva, pego meu celular e tento ligar pra ambulância.

LUCAS E TIANA- Série Filhos Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora