༒︎ 𝐆𝐀𝐍𝐆𝐔𝐄 𝐓𝐑𝐀𝐈𝐆𝐎𝐍 𝐃𝐄 𝐓𝐎𝐊𝐘𝐎 ༒︎

{ 𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 1 - O adeus é o início I }

Cabelos ao vento , o som dos pneus cantando no asfalto quente de Tokyo , e alguns carros buzinando por eu estar em alta velocidade , ultrapassando todos os automóveis e cortando sinais de trânsito .

Normalmente eu pararia , mas no momento isso está fora de alcance .

Agora eu s/n Natsumani estou correndo contra o tempo , precisava chegar o mais rápido possível no hospital , eu não posso me atrasar e nada irá me parar .

[...]

Estaciono a moto de qualquer maneira no estacionamento apenas tirando a chave dela e correndo pra dentro do prédio .

Passo pela porta automática tão depressa , que pensei que ela não abriria a tempo . Corro até o balcão totalmente ofegante chamando atenção das recepcionistas .

- Senhorita ? Está tudo bem ? Precisa de ajuda ? - ela diz se levantando - Nobara pegue uma água pra ela ! Rápido ! - ela diz a outra recepcionista .

- Não tenho tempo ! Me diga onde está Masashi Natsumani , em qual leito está !? - eu digo nervosa e rápido .

- É parente ? - ela me pergunta enquanto se senta de frente ao computador e começa a digitar no teclado .

- Filha dele , por favor vá rápido , onde ele está ? - pergunto eufórica novamente.

- Achei , no momento ele está em cirurgia , seu estado é grave - ela me diz ainda procurando algo na tela do computador .

- O que aconteceu com ele ? Só me ligaram falando que ele estava internado aqui - digo vendo a recepcionista chegar com uma garrafinha de água , logo aceito e bebo - sabe me dizer ? .

- Bom , trouxeram ele pra cá após uma ligação feita por um cidadão que passava na frente da casa dele ter visto um rastro de sangue que levava para a viela ao lado da casa - ela me olha - o seu pai acabou sendo baleado em pontos delicados do corpo .

- Aí meu deus - ponho a mão na boca , isso não pode ser verdade .

- Seu número era o único número de emergência no celular dele , pode subir para o piso 3 , lá é a sala de cirurgia onde ele está , alguns policiais podem vir até aqui para falar com você tudo bem ? - ela me pergunta .

" Tudo bem ? " , Meu pai acaba de ser baleado moça , tá tudo " ótimo " penso . Saio de lá e vou correndo pelas escadas mesmo , o elevador demoraria e eu não tô com essa paciência toda , penso rudimente .

Chego no andar e logo me jogo na primeira cadeira de frente com a porta , em cima dela havia um painel acesso em vermelho indicando que a cirurgia ainda estava em andamento , e o tempo que estavam lá dentro ... Já havia 1 hora .

[...]

- Pinça - o médico diz .

- Aqui - o outro passa .

- merda ! - ele fala .

- O que aconteceu ? - a enfermeira pergunta .

- Droga , se eu retirar essa bala ele morre ... - ele diz frustrado - de algum jeito , essa bala emperrada bem aqui entre a válvula Triscúspide e a válvula Mitral estão impedindo que o ar que passa pela artéria pulmonar seja suficiente para o coração , por outro lado se eu tirar a bala , não vai dar tempo o suficiente para estancar o sangramento e fechar com pontos ... A bala atravessou o órgão na diagonal de baixo para cima por isso também que ele teve paradas respiratórias no caminho .

- O que a gente faz agora ? - um médico pergunta .

" Atenção , familiar do paciente acaba de adentrar no hospital , se localiza na sala de espera "