{ 𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 45 - Sequestro }

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Havia acabado de deixar Chifuyu em casa , voltei o caminho todo pensando em como nós nos deixamos levar , em como aquilo havia sido de certa forma importante , pelo menos para mim afinal era meu primeiro beijo .

Com a garagem já fechada entro em casa mas percebo algo errado . Quando sai mais cedo para levar o Chifuyu , eu apaguei todas as luzes da casa ou seja , apenas a sala já que era do cômodo onde nós passamos o dia inteiro e adivinha só ? A sala está acessa .

Pego meu celular do bolso e mando uma mensagem automática para o número dos garotos e do Toshio , caso algo aconteça eles saberão .

Entro lentamente no cômodo e quando direciono meu olhar por todo perímetro vejo uma silhueta masculina sentada no sofá tomando folgadamente uma cerveja a qual estava em minha geladeira .

- Ei seu filho da puta vai emb--

Não consigo dizer mais nada , recebi um impacto forte atrás do meu pescoço me fazendo cair ajoelhada , minha última audição foi do cara do sofá dizendo algo como " o chef ficará satisfeito " e tudo se resumiu em estantes em um breu escuro e silêncioso .

[...]

S/n havia me deixado em casa a alguns minutos , agora cá estou eu jogado na minha cama pensando em como nós nos deixamos levar , seria bobeira minha ? Quem diria , Chifuyu Matsuno o garoto mais " estranho " por ser um " nerdola " encubado se apaixonou a primeira vista por uma garota que não sabe o que sente .

Mas para minha calmaria ela disse que talvez tenha se perdido também , tomara que tenha sido especial pra ela assim como pra mim , afinal , esse foi meu primeiro beijo .

Me levanto pegando meu celular e me preparo psicologicamente para mandar uma mensagem , acho que é o mínimo pra ela não pensar algo ruim de mim não é ?

Mando a mensagem dizendo que esse final de semana foi especial pra mim e concerteza um dos melhores mas acho que ela deve estar dormindo já que a mensagem não foi recebida .

[...]

Nesse momento estou degustando um dos meus vinhos mais caros que haviam no meu estoque para comemorar minha futura fortuna , bebericava e agitava a taça com o líquido alcoolizado dentro e observava a noite da janela de meu escritório .

- A e - o garoto que havia seus 15 anos estava adentrando a sala totalmente emburrado - que horas eu vou poder sair em ? No Brasil eu tinha o que fazer em casa mas aqui nesse cu de mundo não .

- Quando foi que você aprendeu a falar assim em garoto ? Parece um favelado - o mais velho reclama passando a mão sobre a têmpora .

- Nasci na favela animal - ele responde o pai com total grosseria .

- E é por esse motivo que você deve me respeitar em todas as suas ações me ouviu Terano ? Eu sou seu pai e não peço , eu exijo total respeito da sua parte , você nasceu na favela ? Okay , tudo bem pois eu também nasci mas você não foi criado no meio de uma seu muleque - o homem se levanta indo em direção ao loiro - não sou seus parceiros da rua e colegas da escola que você pode tratar como bem entender tá me ouvindo - o garoto apenas concorda com a cabeça - meu nome não é animal , é Teodoro Terano seu paspalho de criança , e pra você é pai e deve me chamar de senhor , me dirigia o mínimo de respeito .

- Sim senhor - o loiro diz enquanto balançava sua perna esquerda continuamente demostrando seu nervosismo .

- E se você andava com seus amiguinhos favelados para cima e para baixo no meio daqueles morros na comunidade com a merda de uma arma enfeitando a sua cintura e um baseado nos dedos , saiba que aqui isso não vai rolar escutou ? Se eu te pegar desse jeito na rua eu te arregaço e não vai ter governo que me tire de cima de você tá me ouvindo ? .

༒︎ 𝐆𝐀𝐍𝐆𝐔𝐄 𝐓𝐑𝐀𝐈𝐆𝐎𝐍 𝐃𝐄 𝐓𝐎𝐊𝐘𝐎 ༒︎Onde histórias criam vida. Descubra agora