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- Zandhi, 16 de julho de 2011

Eu estava perto do bebedouro, no lado leste da escola. Estávamos de férias, mas eles sempre atrapalhavam com uma apresentação idiota sobre conscientização na volta as aulas.

Ziggy estava na biblioteca, que não ficava tão longe, e pediu para eu levar um copo de água. Sorri comigo mesma ao lembrar da noite anterior, casa sensação que senti, como se ela estivesse acariciando minha barriga e depois descesse lentamente sua mão.

A água fria me despertou, o copo transbordou. Eu o esvaziei um pouco, o que deu tempo para que Nathan e seus amigos fossem até mim. Por um momento eu esqueci que ainda não tinha tido nenhum contato com Nathan depois daquele feriado.

- Olha ela aí. - Diz ele, chegando mais perto.

Não há como passar direto e fingir que não vi nada. Eu seguro o copo de água com força e depois consigo beber todo o líquido.

- Não tem nada para me dizer?

- Desculpa. - Digo, na esperança que ele saia.

Ele coloca sua mão ao lado da minha cabeça, me imprensa contra a parede e sorri com um hálito de álcool.

- Só isso?

- Nathan, eu preciso... - Seu dedo é colocado na frente da minha boca, ele lambe meu pescoço como um animal.

- Estou sentindo sua falta. Sinto saudades dos seus beijos.

Os dois colegas riem, eu tenho vontade de sair correndo. Me sinto uma idiota.

- Me encontra na sala doze. - Ele manda.

- Não. Eu não vou me encontrar com você. Não quero mais ser sua namorada, Nathan.

Ele olha para trás, e espero que esteja constrangido por ter levado um fora na frente dos seus amigos, mas isso aumenta sua raiva.

- Vai ser assim? - Nathan segura meu queixo e aperta. - Então tira sua roupa aqui. Agora.

Balanço a cabeça, minhas mãos começam a tremer, meu coração acelera.

- Me deixa em paz. - Minha voz sai falhando, me sinto uma criança chorosa.

- Vadia - Ele grita na minha cara. - Vadia. Você é uma vadia.

Não sei como reagir, estou nervosa demais e me xingo cada vez que uma lágrima ousa escorrer pelas minhas bochechas.

- Você vai ficar sozinha. É assim que as vadias vivem, sabia? Sozinhas. Esquecidas. Será assim com você, Madison Russel.

- Prefiro estar sozinha do que ficar com você. - Crio coragem e digo, mas percebo que foi um erro.

Ele acertou meu rosto, minha vista escureceu e eu bati minha cabeça na parede. Não me recupero, sou acertada com socos até finalmente cair no chão e achar que tudo acabou ali.

Nathan está gritando alguma coisa comigo, mas eu não consigo ouvir. Escuto mais gritos de fundo além dos dele, e depois já não sinto mais seus punhos pesados me batendo.

Ziggy correu até mim, ela estava chorando, e eu odiava vê-la chorar.

Gang • Madison and ZiggyOnde histórias criam vida. Descubra agora