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- Nova York 23 de novembro de 2017 (capítulo 15)

(Ziggy Berman)

Eu estava seguindo Madison como um maluca para saber todos os eventos que ela iria participar, então fiquei curiosa quando soube de uma música que ela apresentaria.

Me misturei entre as pessoas presentes ali naquele dia e a observei cantar. Madison estava linda, e realmente parecia mais feliz do que quando a vi da última vez. Mas ela estava nervosa também. Cerrei meus punhos quando ela pegou a guitarra, me lembrando do dia que a ensinei a tocar. Minha raiva aumentou quando reconheci a música que ela cantava.

Nunca soube o motivo de Madison ter feito isso. Era algo que eu pensava ser apenas nosso, mas eu estava errada como sempre.

Eu a segui até o banheiro, pronta para que dessa vez o meu plano de matá-la funcionasse. Madison estava vulnerável, parecia cansada. Parabenizei madison pela apresentação porque ela realmente deveria ter nascido para aquilo.

Coloquei uma faca contra seu pescoço e fingi me importar com aquela porra de dinheiro mais uma vez, quando na verdade eu só me importava de estar junto dela. Mas, por outro lado, havia algo que fazia sentido: Madison gostaria que eu a procurasse. Talvez ela gostasse de ter atenção.

Eu vacilei e aquilo foi suficiente para ela reagir, mas eu havia nos trancado ali dentro.

- Você vai me matar, Ziggy? - Ela perguntou, cuspindo no meu rosto.

Já havia raiva suficiente em mim, mas aquilo me fez odiar Madison, porque foi um sinal de desprezo. Ela tentou pegar a chave, mas eu pressionei sua cabeça contra a porta e ela finalmente pareceu cansada. Segurei seu cabelo forte até que ela parasse de se debater, mas aquele maldito chute nas costelas me fez recuar.

- Me dá a chave - Ela pediu. - Eu saio daqui e resolvo essa merda.

Eu mesma teria que resolver essa merda. Queria matá-la.

Madison estava cansada para tentar qualquer coisa, e minhas costelas doíam. Fui até a pia para lavar o sangue que estava na ferida que eu causei quando estava bêbada. Ela me pediu a chave mais uma vez enquanto tudo que eu sentia era ódio e dor. Eu estava cansada de tentar fazer qualquer coisa, então acertei Madison com um soco e finalmente obtive um pouco de tranquilidade.

Alguém bateu na porta do banheiro e eu não respondi nada, mas aquilo foi se intensificando e eu deixei aquele sangue do jeito que estava. A mulher parada em frente à porta se assustou com a cena, então eu a puxei para dentro, segurando ela com força. A mulher estava com medo e provavelmente iria contar para alguém, então enquanto ela se debatia, eu a matei silenciosamente.

Peguei Madison no colo e passei pela parte de trás do lugar. Foi algo que planejei o suficiente, então sabia por onde ir. Coloquei ela em meu carro e enquanto ela dormia foi tranquilo, mas depois que se acordou, dirigir virou um inferno.

Reagi a seus chutes e quando vi o seu rosto, me lembrei das vezes que liguei, da promessa que ela me fez fazer.

- Por que agora você me odeia tanto? Porra Ziggy, que merda.

Eu a odiava, agora me lembro... Eu queria matá-la, e por um instante eu vi em seu rosto o desespero.

- Tudo que a gente passou. Tudo. Aquilo tudo foi pro ralo por causa de trezentos e cinquenta dólares?

Trezentos e cinquenta dólares. Por que isso é tudo que ela pensa? e nós duas? Eu queria chorar, mas balancei a cabeça, porque não faria isso na frente dela. A acertei com vários socos, ela não reagia, e então eu parei.

Quando a vi chorar, encarei meu punho e me arrependi. No final, eu não queria matar Madison. Eu só... Queria que ela se importasse, mas eu fiz isso do pior jeito.

Gang • Madison and ZiggyOnde histórias criam vida. Descubra agora