Capítulo 54

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🌪️ Jade Picon 3/5

A noite foi muito legal lá em Osasco no lanche do Seu Raimundo, valeu a pena ter saído de longe pra ter vindo conhecer. Nós já estávamos voltando pra casa escutando nossa música dentro do carro.

Chegamos em casa mortos e nos jogamos na sala e sono é a última coisa que teríamos depois de dormir o dia inteiro. Peguei meu celular respondendo as minhas mensagens e olhando meu Instagram.

- Amor, quanta caixa é essa ? - Paulo André me perguntou referente a uma pilha de entregas que estavam encostadas na parede.

- Recebidos, tenho até que ver uns que eu não sei quem ou que loja mandou. - Falei levantando e pegando uma tesoura em cima da mesa e indo até lá abrir.

Fui abrindo algumas caixas e o PA foi me ajudando a organizar, tinha muito presente, muita coisa minha e do PA, fotos nossas, roupão do líder, blusa do flamengo, xícaras e até almofadas.

O Paulo André ama essas coisas e analisa presente por presente, eu acho muito fofo mas não me acostumei tanto quanto ele. Abrimos todos e estávamos organizando em um quarto livre que eu tinha aqui em casa.

- Faltou essa aqui, é levinha. - Paulo André falou chacoalhado uma caixinha preta e me entregou.

Assim que abri tinha um envelope e possivelmente seja as cartinhas que eu tanto amo receber dos fãs. Eu realmente leio tudo e guardo todas com carinho e gratidão. Abri pra ler e nela dizia.

"Não vou te poupar por estar com aquilo que é meu. Desde o dia que você apareceu estragando meus planos, tudo tem dado errado, tudo tem ido de mal a pior. Você não passa de uma puta vadia que age com interesse na sua imagem, uma pessoa egocêntrica e soberba. Me recuso a acreditar que as pessoas a sua volta estejam tão cegas em não perceber a mulherzinha baixa e fingida que você é. Eu quero que você saiba que eu estou disposta a tudo, a fazer qualquer coisa pra ter o que é meu. E se você não colaborar por livre e espontânea vontade, eu vou ter que usar as minhas mãos pra tocar na sua ferida e a culpa vai ser tua, toda sua.
Isso é só um aviso. "

Me sentei no sofá de vez sentindo meu peito acelerar e meu coração começar a acelerar me dando um mal estar terrível.

- O que foi amor? Você está pálida. - PA veio até mim e eu não consegui reagir. Apenas entreguei o papel pra ele que assim que terminou de ler sentou do meu lado me encarando. - Jade que porra é essa?

- Vitória. Eu tenho certeza. - Falei com a voz falhada e Paulo André negou com a cabeça.

- Como assim Vitória? Eu sei que ela não gosta de você mas isso aqui é uma ameaça Jade, isso é sério.

- Paulo André presta muita atenção. Todos esses termos baixos me xingando na carta foram os mesmos usados pela Vitória em uma das vezes que inclusive foi uma ligação com você e eu escutei, nesse mesmo dia a Vitória me mandou várias mensagens me insultando só que eu nunca me importei e deixei de dar palco e raramente abria a conversa dela. Eu não peguei nada de ninguém como estão me acusando nessa carta, quem mais seria se não Vitória? - Falei e ele estava em choque tanto o quanto eu.

- Achei que não poderia ficar pior, mas como ela conseguiu seu endereço? Isso aqui não foi enviado pra caixa postal. - Paulo André me mostrou a caixa e não tinha o papel com os dados e nem remetente.

Foi aí que me veio a memória que essa caixa chegou aqui no prédio e o Seu Valmir que me entregou. Desci as pressas com o PA e ainda bem que estava no turno do Seu Valmir ainda.

Visual Connection - Jadré | Jade Picon e Paulo André Onde histórias criam vida. Descubra agora