Capítulo 39

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🌪️ Jade Picon

Desde a última ligação com o Paulo André fazia uns 40 minutos e até agora nada dele chegar. Eu já estava prestes a fazer um buraco no chão do tanto que eu andava pra lá e pra cá completamente angustiada.

- Best, você precisa se acalmar. Eu tenho quase certeza que ele deve ter passado em algum lugar e vai chegar aqui com uma surpresa. - Tuim tentou me mostrar confiança mas estava na cara que ele também estava começando a ficar preocupado.

Chovia muito e raios e trovões começaram a aparecer. Me sentei no sofá novamente e fechei meus olhos tentando focar apenas em coisas positivas. Se eu pudesse voltar no tempo a gente não teria discutido, ele não teria saído e ainda estaríamos juntos agora.
Demorou alguns minutos e o Paulo André me ligou e eu dei graças a Deus e corri pra atender.

📱 Ligação On

- PA, pelo amor de Deus onde que você está? Já vai fazer horas que você disse que está chegando e até agora nada, tá brincando comigo? - falei tão rápido e embolado de uma vez só.

- olá, me desculpa. Aqui é o Capitão Monteiro da polícia. Eu estou ligando porque é a última chamada que consta no aparelho do rapaz. Ele sofreu um acidente de carro grave e a gente precisa..

Não consegui terminar de escutar mais nada e deixei meu celular cair no chão. Só vi o Tuim correr e continuar a conversar com o moço que me ligou enquanto eu olhava fixamente pra parede sentindo a pior dor que alguém poderia sentir.

- Jade, o Paulo André ele.. - O tuim tentou chegar perto de mim

- Não, não, não! O Paulo André está bem e ele me ligou agorinha dizendo que me ama e que já está chegando pra gente conversar. Devem ter confundido, não sei.

O Tuim se agachou na minha frente e segurou o meu rosto com as duas mãos e pela primeira vez eu vi na expressão do Tuim de alguém que estava com medo e desesperado.

- Eu sei que é difícil, eu preferia acreditar que ele está vindo pra casa mas ele não está. O PA sofreu um acidente grave na estrada e precisam que a gente vá até o hospital, não sei de onde mas a gente precisa ter forças e pensar positivo. - Comecei a chorar descontroladamente e ele me abraçou forte também deixando as lágrimas caírem.

- Não quero perder o PA, eu não aceito isso.

- Não vai, a gente não vai perder o Paulinho. Agora vai pegar sua bolsa e vê se tem documentos do PA aí e vamos para o hospital, vou falar com os meninos.

Concordei e fui até o meu quarto e pegando a minha bolsa, meus documentos e alguns do PA que também estavam lá. Vesti uma jaqueta jeans e calcei meu tênis, quando olhei pra mesinha estava o corrente do PA que tem um pingente com a letra "P", peguei e coloquei no meu pescoço.

- Falei com o pessoal e eles vão de Uber já que eu vim com o carro da Nina e o seu... Tava com ele.

- Tudo bem. Vamos então.

Entramos no carro da Nina e eu chorava em silêncio sem tirar por um segundo ele da cabeça. Lembrando das últimas palavras que ele me disse na ligação, que me amava demais e para que eu não me esquecesse disso.

Encostei a minha cabeça na janela do carro e encarei o pingente que coloquei no pescoço me lembrando da vez que ele me disse que desde o momento que me conheceu aquele P não era mas de Paulo e sim de Picon. Sorri fraco só de lembrar o quão amoroso ele é.

Chegamos no hospital e fomos direto para a recepção e passamos todas as informações, fizemos a ficha e a moça não nos deu nenhuma informação mas disse que o doutor já iria conversar com a gente.

Visual Connection - Jadré | Jade Picon e Paulo André Onde histórias criam vida. Descubra agora