Capítulo 57

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🌪️ Jade Picon

A última mensagem me deixou em prantos, eu não aguentava olhar para o Paulo André e para a Thays e sentir todo o desespero que eles estavam passando.

- Thays, olhe pra mim. - Pedi segurando a mão dela. - O Peazinho vai estar com vocês logo, eu prometo.

Cheguei perto do Pulo André e o apertei em um abraço que eu mais queria era desmoronar mas eu precisava ser a fortaleza dele hoje.

- Eu preciso que você vá na delegacia com a Thays e dê depoimento com ela o mais rápido possível.

- E você? Não vai junto?

- Eu vou encontrar vocês depois, preciso conversar com o Tenente. - Olhei nos olhos dele. - Eu te amo e eu te prometo que as coisas vão ficar bem.

Eles saíram da minha casa e eu comecei a chorar muito mas eu não iria deixar o Peazinho sofrer a consequência dessa loucura. Não estou pensando em mim, eu só quero que ele seja salvo e pronto.

Fui até o meu quarto e peguei o colar do PA que eu uso todas as vezes que sinto medo e não posso ter a mão dele pra segurar e me acalmar. Coloquei no meu pescoço e peguei meu celular passando todo o caso para o Tenente Macedo e depois mandei mensagem para Vitória e ela me passou uma localização completamente distante.

Desci com pressa e nem notei se o Seu Valmir estava ali ou não apenas corri até o carro e queria terminar isso o mais rápido possível.

Entrei no carro e acelerei seguindo as instituições do GPS. Tentei o máximo me concentrar na estrada enquanto minha mente estava unicamente no Peazinho e eu tentava mentalizar de que ele estaria bem e eu iria conseguir tirar ele de lá.

Depois de uma hora na estrada comecei a entrar em umas estradas desertas e parei em uma casa que parecia abandonada e desci do carro avistando um homem encapuzado segurando um fuzil na mão.

- Cadê a Vitória? O que ela fez com o Peazinho? - Eu gritava e o moço veio até mim colocando a arma na minha cabeça e me puxando com forças pra dentro do local.

Me deu ânsia o tanto de bandidos encapuzados que ali estavam e riam como se estivessem em um parque de diversões.

- Cadê o Peazinho? Eu só quero ele por favor. - Falei chorando e o bandido apertou o meu braço com força.

- Cala a porra da boca, sua vagabunda. - Chacoalhou meu braço.

- Chefia não mandou liberar a criança mas a Vitória tá com ele lá dentro, leva ela lá. - Um rapaz que parecia ter uns 50 anos falou para o bandido que estava me segurando.

Ele me levou para os fundos da casa e parecia que era mais um porão escuro e ele me empurrou pra dentro com força. Avistei a Vitória sentada no canto com o Peazinho e ela estava chorando, corri de imediato e tomei ele em meus braços.

- Oi, meu amor!
É a tia Deja. Me perdoa, perdoa a tia por deixar que isso acontecesse com você. Eu não queria que você se machucasse e nem que fosse tirado da sua mamãe. O seu pai está com muita saudade e eu vou te levar pra casa de novo, tá bom ? Eu prometo que vou te proteger com a minha alma e nada vai te ocorrer. Amo você, pequenininho! - Eu chorava abraçada aquele corpinho pequeno e ele estava com uma expressão serena e me sinto aliviada dele não enteder o que está acontecendo.

- O acordo foi que se eu viesse vocês levariam o Peazinho de volta. Eu estou aqui então levem ele de volta pra casa.

- Ok, nós iremos mandar ele de volta. - Um bandido veio pra me pegar o Peazinho e eu segurei forte.

- Qual a garantia eu tenho de que vocês vão deixá-lo em segurança? - Perguntei e um dos bandidos entrou segurando o Felipe, que eu conhecia por foto com a Thays, ele estava com o rosto vermelho e possivelmente apavorado. Fui até ele e entreguei o Peazinho e dei um último abraço nele.

- Cuida dele, por favor! - Pedi e eles levaram os dois pra fora do porão.

- Está feliz Vitória? Hoje você pode comemorar a vontade porque está conseguindo acabar com a minha vida. - Falei e olhei pra ela que estava no canto chorando e só negou com a cabeça.

- Sei que fui longe demais. - Ela seguia fria.

- Ah, você jura?

- Eu queria o Paulo André sim, mas eu não queria agir dessa forma como tudo tem acontecido desde então. A culpa não é só minha.

- Como não Vitória? Você foi muito baixa tentando me atingir só que eu nunca me importei com uma palavra suja sua direcionada a mim porque eu tenho o meu valor e eu reconheço isso.
Mas você mexeu nos meus dois bens preciosos e talvez você nunca vá entender isso. Passar por cima de pessoas pra conseguir o que quer, só mostrou o tipinho sem caráter que você é.

- Jade, não se trata só disso. Não é só sobre eu querer o o Paulo André. Você é muito odiada, tem gente que até hoje não quer te ver avançando na vida. Eu posso ter sido pilar de muitas ameças mas eu só fui a ponta do que estão tentando fazer contigo.

- Não tô entendendo vitória, quem está fazendo essas coisas ? - Ela abaixou a cabeça e pela primeira vez eu vi realmente um semblante triste e desesperado depois de só frieza.

- Eu não posso falar Jade, eles vão me matar. - Ela apontou com a cabeça e eu vi dois bandidos parados na porta.

- Vamos Vitória. - Um rapaz falou e a puxou pelo braço a tirando de lá e batendo a porta com força.

Toda hora aparece mais alguma eu estava prestes a explodir, eu não tenho mais emocional pra mais nada. Absolutamente nada.

Me encostei na parede chorando e peguei o pingente do Paulo André que ficava no meu pescoço. Eu só queria estar com ele, no nosso mundo, do nosso jeito, com o nosso abraço que também é a minha casa.

Eu realmente já não sei mais o que pensar dessa situação e quando achei que tudo estava claro em ser a Vitória, me aparece mais pessoas por trás. Pelo visto a Vitória era o mínimo dos problemas e já não sei o que esperar dessa vez.

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Gente
Bora galera fbi
Quem está por trás?
Se movam, quero teorias na minha mesa agora

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