Capítulo 104

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🌪️ Jade Picon

Nós almoçamos juntos e decidimos passar na casa dos pais do Paulo André para vê-los também. E assim que tia Mary abriu a porta a Liz passou como um furacão correndo para o abraço do tio Camilo.

- Minha nora, até que enfim veio aqui hein? Tava devendo. - Ela falou me abraçando.

- Verdade, essa semana foi um correria mas eu aparecer aqui mais vezes sim. - Me soltei do abraço dela e fui falar com o tio Camilo.

- E aí minha menina? Trabalhando muito? - Perguntou e eu terminei de abraça-lo e me sentei no sofá.

- Tanta coisa tio, nem te conto.

- Conte sim, porque todo treino meu pai fica querendo saber de você e passa uma hora falando das suas coisas. Já disse a ele que se quiser te agenciar tem que adiantar o lado. - PA falou brincando com ele e a gente deu risada.

- Vá lá em casa pra gente tomar um café e fofocar. - Falei e ele fez uma dancinha em comemoração.

- Vou mesmo.

- Liz podia dormir aqui para vocês tirarem o atraso de vocês. - Tia Mary falou naturalmente e eu quase engasguei com a própria saliva.

- Que isso mãe? - PA perguntou e ela deu risada.

- Vai dizer que eu tô mentindo?

- Melhor coisa é quando os filhos crescem e vão embora. Aqui é todo dia! - Tio Camilo falou abraçando a tia Mary.

- Que conversa é essa, eu lá quero saber disso. - O André falou tampando os ouvidos parecendo uma criança e eu morri de rir.

- O que me conforta é saber que quando você envelhecer vai fazer essas piadas de velho para Liz e para o Peazinho. - Falei e ele negou.

- De jeito nenhum, vou ser um pai descolado e maneirão. A Liz vai implorar pra mim levá-la na escola porque acha o pai divertido, o Peazinho? vai querer que eu dê conselhos sobre como chegar no coração da gata. - Ele falou basicamente como um Coach tentando te ensinar 10 dicas para ser um milionário.

- Se depender dos seus dotes devagar e sempre, o Peazinho vai morrer solteiro. Mas hoje em dia não sei se choro ou se comemoro. - Falei e tia Mary deu risada.

- E o jantar de noivado? - Ela mudou o assunto.

- Eu nem pensei nisso, cê acredita?

- Hoje em dia não tem mais isso não, mãe. Tá velhona. - PA falou e ela arremessou um chinelo nele.

- Eu acho lindo, só entre as famílias e amigos próximos. Se eu e o Camilo pudéssemos fazer um a gente faria um na nossa época, mas como não dava foi o básico mesmo. - Ela falou como se estivesse lembrando daquele momento.

- Pois a gente vai fazer. Não vai ter tanta diferença porque quase sempre a gente está se reunindo mas um jantar seria bem legal. - Falei sorrindo e ela comemorou já o PA me olhou estranhando mas também não comentou nada.

André, tio Camilo e Liz foram brincar de bola no jardim e eu ajudei a tia Mary a fazer um bolo de chocolate com muita cobertura de brigadeiro. Eu amava ficar um tempo com ela, e é nesses momentos que eu percebo o porque do PA ser como é, ele foi criado por alguém tão amável e ensinável que deixa o coração de qualquer um quentinho.

Depois de colocar o bolo no forno eu decidi ir até onde a Liz estava e observei o tio Camilo a girar no ar fazendo ela gargalhar e pedir aquilo repetidas vezes. Tio Camilo me viu sentar em um dos bancos que tinha por aqui e veio até mim.

- Ela te adora. - Falei em relação a Liz.

- E eu adora essa bonequinha.

- Como é ser avô? Eu só tenho avós, talvez seja a mesma coisa mas me pego pensando como seria.

- Ser avô é ter um sentimento estranho de amar incondicionalmente alguém mesmo sabendo que você não vai estar presente na maior parte da vida dessa pessoa. - Ele falou reflexivo.

- Que bom que a Liz e o Peazinho têm o senhor como avô. A criação que você e a tia Mary deram para o André é um espelho para mim hoje em dia.

Continuei conversando com eles até o bolo estar pronto e a gente voltar pra sala pra comer. Ficamos juntos até dar umas quatro horas da tarde e eu me sentir um pouco cansada por conta da viagem.

- Temos que ir. Não vou deixar a Liz dormir aqui hoje porque vou passar o restinho do dia com ela mas amanhã ela vai estar aqui oito horas da manhã em ponto para passar uns dois dias e eu vou descartar o atraso. - Falei e pisquei pra tia Mary que fez uma dancinha estranha.

- Como vocês duas são micosas. - PA nos zuou e entramos no carro indo pra casa.

A gente chegou, a Liz tomou banho comigo e fomos deitar pra maratonar alguns filmes da Barbier, quer dizer, ela vai maratinar só porque o PA dorme em minutos de filme e já eu vou tentar acompanhar algumas partes.

Deitei em cima do braço do André que me abraçou e a Liz deitou a cabeça dela na minha cintura.

- Avisa aí no grupo da tropa pra virem pra cá às 22 horas que é o horário que a Liz dorme, a gente pede pizza, manda o tuim trazer minha Ice e todo mundo fica feliz. Tô com preguiça de sair hoje. - Falei para o PA que na mesma hora pegou o celular.

- Eu não vou dormir, quero ficar com tio polônio e tio tick. - Liz falou e eu neguei.

- Você pode falar com eles mas depois você vai subir pra dormir. - Falei e ela cruzou os braços.

- Se fosse sua mãe na infância, ela não ia dormir, ia descer as escadas, dar um gole na Ice e sair correndo. - PA falou e eu dei um tapão no braço dele.

- O que é Ice?

- Sorvetinho. Agora presta atenção no filme. - Olhei para o PA e ele deu um sorriso de lado. - Ridículo!

- Ridículo nada, eu sou maravilhoso. - Ele falou e me abraçou enchendo meu pescoço de beijos.





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Visual Connection - Jadré | Jade Picon e Paulo André Onde histórias criam vida. Descubra agora