Sentei em uma das cadeiras e abri a caixa de pizza enquanto ele servia os refrigerantes nos copos. Peguei uma fatia com as mãos e mordi o bico, vendo novamente Arthur me olhar como se eu tivesse duas cabeças.Carla: O que houve?
Arthur: Está comendo com as mãos?! — perguntou espantado como se aquilo fosse um ato absurdo.
Carla: Claro! É muito bom comer pizza com as mãos. — abaixei a fatia de pizza e olhei para ele — Nunca fez isso?
Arthur: Não, de maneira nenhuma. — negou com a cabeça — Sempre como com garfo e faca, não tenho o hábito de comer pizza.
Carla: Experimente usar apenas as mãos, estamos sozinhos aqui. — sorri — Prometo não contar a ninguém que Arthur Picoli, comeu sem talheres.
Arthur: Certo.
Depois de hesitar, Arthur pegou uma das fatias de pizza com as mãos e olhou para ela antes de tirar um pedaço com os dentes. Sorri satisfeita vendo-o quebrar umas de suas regras comigo e se mostrar menos exigente consigo mesmo. Ele me olhou e balançou a cabeça positivamente mostrando que eu estava certa. Comemos em silêncio por algum tempo até terminarmos nossas primeiras fatias.
Carla: Gostoso, não é mesmo? — perguntei e ele confirmou.
Arthur: Mais prático também, mas não vá acreditando que vou me tornar um consumidor assíduo de pizza. — pegou um dos copos e bebeu um gole — Falando nisso, vai haver um novo jantar em casa na próxima semana, é aniversário da Dani.
Carla: Sério?! — olhei para ele feliz com a notícia — Tenho que comprar um presente para ela.
Arthur: Eu também, ainda não tive tempo.
Carla: Podemos fazer isso amanhã depois da reunião, a não ser que você precise fazer algo.
Arthur: Não, podemos resolver logo isso. Não quero correr o risco de esquecer-me de comprar um presente. — bebeu um gole de seu refrigerante e me olhou — Você pode me ajudar a escolher algo.
Carla: Será um prazer. — sorri e meneei a cabeça — Além do mais, quero comprar algumas coisinhas para Malu, ela está ficando com poucas roupas, tem crescido muito rápido.
Arthur: Falando na sua filha, sempre fiquei curioso em relação ao que houve com o pai dela. Porque está claro que vocês não tem nenhum contato. — ele se recostou mostrando que estava pronto para ouvir minha explicação.
Carla: Brigamos quando ele soube que eu estava grávida. — suspirei — Eu gostava muito dele e quando Matheus disse que não queria saber de nenhum bebê eu simplesmente tomei nojo dele. Sabe, ouvir um pai falar daquela maneira dói muito. Não por mim, mas pela minha filha. — olhei para um ponto fixo na toalha da mesa.
Arthur: É um assunto difícil para você.
Carla: Era, agora eu amadureci muito. Vejo que Matheus nem mesmo pode ser chamado de pai, o laço de sangue pouco importa, porque amor era o que ele realmente deveria dar, mas não foi capaz. — olhei para ele — Por isso sempre criei Malu sozinha, ela não tem o nome dele no registro e eu me recuso de que um dia venha a ter. Não quero nada dele, nem mesmo dinheiro.
Arthur: Não gosta mais dele?
Carla: Nem um pouco, sinto apenas nojo e quero distância. Malu é o que realmente importa para mim e terá todo o amor do mundo. — Arthur me olhava em silêncio — E você? Por que nunca teve filhos? Por que ainda não se casou? — perguntei apesar de me sentir feliz por ele ser solteiro e não ter sido mais visto com a tal Carol.
Arthur: Não chegou o momento. — ele respondeu de maneira seca e desviou o olhar se mostrando desconfortável com a pergunta.
Carla: Entendo. — Preferi me calar e comi um pouco mais em silêncio.
Arthur fechou um pouco sua expressão e também comeu sem dizer mais nada. Levantou-se em seguida e sumiu dentro do quarto, voltando alguns minutos depois me deixando mais aliviada. Será que estava com raiva por conta da minha pergunta?
Arthur: Carla, precisamos dormir. — aproximou-se e se inclinou para frente segurando meu queixo — Ainda te quero naquela cama, não saciei toda minha vontade.
Sorri aliviada por ele não estar chateado e me joguei em seus braços deixando que me carregasse. Na cama tive mais uma vez a certeza de que Arthur era o único homem capaz de me excitar daquela forma, me deixando ainda mais viciada em seus toques.
Com a cabeça apoiada em seu peitoral após mais um orgasmo, adormeci com o corpo satisfeito e a certeza de que precisava disso de hoje em diante.
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Quem é você, Arthur?
FanfictionSinopse: Carla Diaz era apenas uma jovem mãe solteira que conheceu uma espécie de anjo que lhe deu a oportunidade de uma nova vida. Tudo parecia maravilhoso até que ela conheceu o homem que agora estava dominando todo o império da família da qual el...