Capítulo 34 :

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Do meu lado esquerdo, havia uma mesinha redonda de vime com um par de cadeiras, próxima a ela, havia também um sofá com almofadas sobre a parte coberta da varanda. Sentada ali pensei em Malu. Já estava sendo difícil ficar longe dela, pensei em como seria quando chorasse sentindo minha falta, e senti um aperto no peito.

Resolvi pegar o celular em minha bolsa e fazer uma ligação para Daniela perguntando como estava minha filha. Procurei o número na agenda esperando ansiosa enquanto ouvia os toques da ligação.

Daniela: Carla, que bom que você ligou! Já chegaram?

Carla: Sim, chegamos tem mais ou menos uma hora e meia, Arthur precisou ir para a reunião porque o voo atrasou. — respondi voltando a me sentar na cadeira — Queria saber como está Malu, fico preocupada.

Daniela: Ela está ótima, Carla. Não se preocupe. Eu dei a mamadeira ainda agora, Beth está lhe dando um banho e farei um passeio no jardim com ela.

Carla: Está dando muito trabalho?

Daniela: Não, é um prazer poder cuidar da sua filha. Malu trouxe alegria para essa casa, estava tudo muito monótono.

Carla: Que bom, mas qualquer coisa você me liga.

Daniela: Claro, pode deixar comigo. Diga para meu irmão que lhe mandei um beijo.

Carla: Eu digo sim. — Coloquei o celular sobre a mesa e continuei ali sentada aproveitando a brisa deliciosa.

Alguns minutos se passaram até que Arthur apareceu na varanda aparentemente me procurando. Eu olhei para ele, tinha a aparência um pouco cansada, mas continuava lindo. Devagar, afrouxou a gravata e sorriu para mim, um dos primeiros sorrisos que vi naqueles lábios com um contorno sensual.

Arthur: O que achou do quarto? – ele perguntou retirando o paletó.

Carla: É lindo, mas você não me disse que esse hotel era seu. — respondi sem conseguir desviar o olhar.

Arthur: Gostaria que visse primeiro. — aproximou-se e colocou o paletó sobre o encosto da outra cadeira e começou a retirar a gravata.

Carla: Como foi a reunião?

Arthur: Não foi uma reunião completa, foi apenas uma conversa durante um café. Comentamos sobre alguns detalhes, mas amanhã faremos uma reunião oficial e você vai comigo.

Carla: Claro. — levantei e notei que seus olhos se desviaram para minhas coxas à mostra — Sua irmã te mandou um beijo.

Arthur: Vamos deixar os assuntos de lado, passei o dia todo pensando nisso.

Arthur me puxou pelo braço e eu sorri antes de sentir seus lábios cobrir os meus. Meu corpo se chocou com o dele no momento do beijo e senti sua língua experiente explorar toda minha boca. Meu corpo respondeu de maneira imediata, agarrei os braços dele e apertei sentindo os músculos rígidos enquanto sua mão atrevida passeava pelas minhas costas até alcançar minha bunda enquanto a outra segurava minha nuca impedindo de que eu me afastasse. Eu adorava esse jeito dominador, altamente selvagem e possessivo que me deixava completamente entregue sem reservas.

Meus seios estavam espremidos contra o peitoral rígido enquanto começamos a caminhar até o quarto sem cessar o beijo. Eu gemi em sua boca e Arthur me apertou ainda mais fazendo com que sua ereção fosse pressionada contra minha barriga. Ele me queria, estava claro diante dessa reação e eu me senti ainda mais mulher por ser desejada dessa forma.

Paramos o beijo ofegante e eu aproveitei o momento para colocar as mãos em sua camisa e começar a abrir os botões com pressa ansiando ver as tatuagens que estavam tão vivas em minha mente. Puxei a camisa de dentro da sua calça e foi Arthur quem terminou de tirá-la. Sem conseguir esconder minha satisfação, eu toquei a tatuagem na lateral do seu corpo e passei a ponta dos dedos em uma leve carícia. Os olhos
dele mostravam o quanto estava se segurando para não avançar, me dando um tempo para apreciar aqueles desenhos marcados em sua pele.

Arthur: Gostou? — sua voz soou ainda mais rouca carregada de desejo.

Carla: Muito. — respondi suavemente.

Arthur: Acho que chegou a minha vez de admirar o seu corpo.

Sorrindo maliciosamente, Arthur levou as mãos até a barra da minha camisola e levantou-a rapidamente livrando-me daquela peça de roupa. Seus olhos se tornaram mais brilhantes quando me olhou e de maneira surpreendente, eu não me senti envergonhada. Ele me desejava, eu me sentia sensual diante daquele olhar e não segurei o sorriso enquanto me exibia. Arthur continuou admirando meu corpo, aparentemente chocado e surpreso ao descobrir que não havia nada por baixo da camisola.

Novamente senti seus lábios nos meus, dessa vez em um beijo mais calmo, porém invasivo o suficiente. Arthur me conduziu até a cama e me pegou no colo, deitando-me devagar e se debruçando sobre meu corpo. Eu estava muito excitada, sentia minha intimidade molhada e pronta para recebê-lo, mas Arthur tinha outros planos antes de finalmente me possuir. Senti seus lábios descendo pelo meu pescoço até alcançar meu seio. Gemi ao sentir a língua em meu mamilo endurecido e agarrei os cabelos dele arqueando as costas. Cada fibra do meu corpo respondia aos estímulos que Arthur me proporcionava e eu quase tive um orgasmo, porém ele notou e afastou a boca para me torturar um pouco mais.

Arthur soltou um gemido rouco ao me olhar e eu me abri para ele, dando total liberdade para fazer o que quisesse comigo. Lembrei-me de quando me estimulou com os dedos em seu escritório, mas no momento percebi que sua ideia para me excitar seria diferente. A língua experiente tocou o centro da minha feminilidade e eu arqueei o corpo agarrando o lençol tendo consciência de que tinha sido estimulada o suficiente e estava à beira de um orgasmo. Arthur não parou os movimentos, dedicou-se a estimular meu clitóris até que eu não consegui mais segurar e gritei deixando o orgasmo me dominar.

Eu nem mesmo o vi levantar e se livrar da calça e da cueca, mas ouvi um barulho e abri os olhos a tempo de vê-lo desenrolar o preservativo em seu membro totalmente rígido. Arthur era poderoso, cada parte daquele corpo era desprovida de defeitos e eu me sentia pronta para finalmente me entregar. A cabeça do membro forçou a entrada da minha intimidade e eu passei as pernas em torno da sua cintura enquanto sentia ser preenchida por completo. Arthur me penetrou até o fundo e começou os movimentos de maneira lenta com os lábios próximos ao meu ouvido fazendo com que eu sentisse sua respiração ofegante.

Arthur: Você não faz ideia do quanto esperei por isso, Carla.

Carla: Eu também. — gemi sentindo que ele aumentava as estocadas — Oh, Arthur.

Meu gemido pareceu estimulá-lo, eu estremeci sentindo ainda mais a excitação e pressionei as pernas com força em sua cintura enquanto forçava meu quadril de encontro ao dele. Nossos corpos começaram a suar, o peitoral dele roçava meus seios e era capaz de sentir a fina camada de pelos acariciando meus mamilos. Arthur gemeu e aumentou ainda mais o ritmo, eu cravei as unhas em suas costas e arranhei com força fazendo com que ele estocasse ainda mais rápido. A excitação aquecia meu corpo, meus gritos se tornaram incontroláveis e eu agradeci por sermos os únicos naquele andar.

Junto chegamos ao orgasmo, mais uma vez meu corpo atingiu o limite da excitação e Arthur estremeceu sobre mim fazendo com que eu sentisse seu peso sobre mim. O único som no quarto era o barulho de nossas respirações aceleradas e eu subi uma das mãos até tocar seus cabelos levemente suados.

Arthur: Valeu a pena esperar. — ele disse se mexendo sobre meu corpo e eu senti um vazio quando o membro se afastou da minha intimidade.

Carla: Valeu a pena a viagem.

Arthur me beijou mais uma vez, dessa vez de uma maneira mais calma e se levantou para ir se livrar do preservativo. Notei suas costas largas, as coxas firmes e a bunda arredondada, um detalhe que sempre me chamou a atenção naquele homem. Mordi meu lábio inferior e me ajeitei na cama na expectativa de vê-lo retornar.

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