Capítulo 33 :

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Arthur voltou a entrar no carro e ambos os mensageiros me ajudaram com as malas. Por dentro o hotel era ainda mais luxuoso. O hall de entrada era largo com dois andares, onde uma escadaria adornava o centro com seu corrimão dourado, pisos de mármore e um belo lustre de cristal pendurado no teto que dava um toque ainda mais clássico. A recepção ficava logo ao lado direito após passarmos por um arco de gesso, encontrando com um balcão de madeira onde uma mulher loira com um coque muito bem feito estava vestida com o uniforme vinho com abotoaduras douradas.

Xxx: Pois não, em que posso ajudá-la? — perguntou-me educadamente.

Carla: O meu quarto já está reservado... — comecei a falar, mas fui interrompida pelo mensageiro que me ajudou a sair do carro.

Xxx: Ana, esta reserva está no nome do Sr. Picoli, ele pessoalmente falou comigo.

Ana: Ah, claro! — de maneira eficiente a recepcionista começou a olhar em seu sistema — A chegada do Sr. Picoli me foi comunicada, ele escolheu a suíte presidencial e mandou isolar o último andar. — ela afirmou — Vou pegar o cartão. — olhou para mim — Um momento Srta. Diaz.

Xxx: Srta. Diaz, eu sou Miguel Gómez, será uma honra levá-la até a suíte.

Carla: Muito obrigada.

Um pouco sem graça com todo aquele tratamento especial fiquei me questionando se em qualquer lugar que Arthur ia, ele possuía todas aquelas regalias. Fechar um andar inteiro era mais do que um sinal de seu poder, era também para mostrar que preferia ficar isolado. A recepcionista me entregou o cartão e me desejou uma boa estadia enquanto Miguel colocava as malas no carrinho e me conduzia até o elevador.

A surpresa que tive ao entrar na suíte que Arthur escolheu me deixou completamente sem palavras. Era imensa, quase como um apartamento. Ali era a sala, com direito a um conjunto de sofás pretos, mesa de centro e um grande aparelho de TV. As paredes eram da cor marfim e os móveis da cor tabaco realçavam a beleza do ambiente. Do lado esquerdo havia uma grande varanda e ao lado direito uma porta que com certeza dava para o quarto. Arthur devia ter gasto uma fortuna reservando não somente aquele quarto, mas todo o andar.

Carla: É tudo lindo! — olhei em volta abismada.

Miguel: O Sr. Picoli tem muito bom gosto e para nós é uma honra poder receber o nosso próprio patrão, visto a quantidade de hotéis da rede.

Carla: Patrão? — olhei para ele confusa.

Miguel: O Sr. Picoli. — balançou a cabeça de maneira afirmativa — O dono de toda essa rede de hotéis.

Carla: Eu não sabia. — respondi em um tom de voz sereno que beirava o choque.

Miguel: Com certeza a senhorita vai gostar muito da sua estadia aqui, faremos de tudo para que se sinta como se estivesse em casa.

Carla: Obrigada.

Miguel: Vou deixar que descanse. — eu tentei abrir a bolsa para pegar uma gorjeta, mas ele se adiantou — Não, não precisa. O Sr. Picoli me deixou encarregado de servir exclusivamente a senhorita e já deixou todas as minhas gorjetas, porém para mim somente ter a honra de ser escolhido para ser o mensageiro dos senhores já é gratificante.

Carla: Eu fico muito agradecida.

Miguel: O Sr. Picoli é um grande exemplo. Com licença.

Quando fiquei sozinha naquele quarto imenso fiquei pensando no tamanho da fortuna dos Picolis, era o tipo de coisa que eu não conseguia idealizar. Ver o avião particular me deu uma dimensão das coisas, mas cada vez que eu descobria algo a mais sobre aquela fortuna eu me perguntava quando eu conseguiria entender tudo. Realmente, eu não sabia nada sobre o mundo dos negócios e duvidava muito de que um dia aprendesse, Arthur parecia ser o único dotado de talento para lidar com um império daquele tamanho e nunca deixava de lado suas responsabilidades. Mesmo cansado de uma viagem, ele partiu direto para a reunião.

Deixando as malas de lado, aproveitei para tomar um banho e depois curtir o quarto. Peguei uma camisola, já que pretendia dormir e descansar um pouco e entrei no quarto. Uma bela cama de casal estava no meio do quarto, uma cômoda do lado direito e uma penteadeira ao lado de uma porta que provavelmente seria o banheiro. Olhar aquela cama me deu uma imensa vontade de dormir, mas fui diretamente para o banheiro a fim de relaxar o corpo.

O banheiro era todo em mármore branco com torneiras douradas. Possuía uma banheira quadrada com espaço para duas pessoas, um chuveiro com box de vidro e toalhas brancas do hotel muito bem enroladas no armário logo ao lado. Encontrei dois roupões pendurados, um branco e um preto bordados em dourado com o nome do hotel e velas aromáticas sobre o balcão. Decidi acender uma e tomar um banho naquela banheira maravilhosa.

Olhei no armário e encontrei uma boa quantidade de sais de banho e comecei a escolher um quando coloquei a banheira para encher. Peguei o de jasmim e derrubei na água, coloquei a mão para saber se temperatura estava ideal e após encher a banheira, tirei toda a roupa, prendi o cabelo e entrei sentindo o poder relaxante da água morna. Recostei a cabeça e fechei os olhos deixando meu corpo repousar enquanto minha mente estava em plena atividade pensando nas promessas feitas por Arthur.

A ansiedade me consumia, a excitação me dominava cada vez que eu pensava naquele homem tão viril e poderoso. Realmente eu estava descobrindo um lado erótico que se tornou uma surpresa para mim, mas se revelou ser delicioso.

Perdi a noção do tempo, mas quando saí da banheira me senti renovada. Peguei uma toalha e me enxuguei, pendurando-a molhada e vestindo a camisola perolada que eu havia escolhido. Soltei os cabelos e me olhei no espelho sorrindo me vendo mais disposta. Decidi ir até a varanda curiosa para ver a vista daquele lugar. A brisa do final da tarde bateu no meu rosto e eu respirei fundo adorando a energia daquele lugar.

Aproximei-me no parapeito e apoiei as mãos dando de cara com uma bela vista da cidade. Com certeza Arthur não ia admitir menos que isso. Novamente senti a antecipação do que estava perto de acontecer, ele reservou todo um andar para nós e eu sentia que ali tínhamos toda a privacidade que precisávamos.

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