Capítulo 46 :

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Passei o resto da tarde trabalhando e tendo a certeza de que dali em diante, tudo ficaria ainda melhor. Como combinado, fui para casa junto com Arthur. Ele voltou a deslizar a mão atrevida pela minha coxa e eu estremeci. Era delicioso estar com ele, ver seu sorriso e a maneira como me olhava. Desci do carro ajeitando meu vestido e notei o olhar dele sobre mim.

Arthur: Carla... — ouvi aquela voz deliciosa me chamando e não consegui dar nenhum passo.

Carla: Oi, Arthur. — olhei para ele sentindo meu corpo quente.

Arthur: Esteja no seu quarto depois do jantar, estarei lá em seguida.

Sorri sentindo meu corpo vibrar de antecipação e caminhei rapidamente para a entrada da casa. Arthur veio logo atrás de mim e eu podia sentir cada célula correspondendo à intensidade daquele olhar. Entrei rapidamente na mansão procurando por Malu que estava sentada no sofá da sala de estar com Daniela  enquanto ela lhe dava uma papinha com uma colher colorida.

Carla: Olá! — A cumprimentei e sorri olhando para Malu que ficou animada com minha chegada — Oi, minha bonequinha, comendo com a tia Daniela? — me agachei e te dei um beijinho no rosto dela.

Arthur nem mesmo foi até a sala de estar falar com a irmã, subiu as escadas provavelmente indo para o seu quarto. Tentei ignorar aquele detalhe onde mais uma vez ele me deixava sozinha com Malu e se trancava em algum lugar. Minha filha sorria me olhando esticando os braços e a peguei no colo, me sentando no sofá e deixando-a sentada sobre minhas coxas.

Carla: Ela tem se comportado, Daniela? Tenho me sentindo um pouco sem graça por deixar você cuidando de Malu, eu entendo que dá muito trabalho.

Daniela: Carla, já disse que é um prazer cuidar dessa menininha. — ela deu mais uma colherada da papinha.

Carla: Você se importa que eu tome um banho?

Daniela: Claro que não, fique à vontade, Carla. — Dei um leve beijo na cabeça de Malu e subi para meu quarto.

Respirei fundo quando senti a água do chuveiro deslizando sobre meu corpo me fazendo relaxar. Sorri e peguei a esponja cor de rosa, colocando um pouco do sabonete líquido de cereja e deslizando sobre minha pele em seguida. Inclinei a cabeça para trás e comecei a deslizar a esponja pelo meu pescoço adorando o toque suave e o aroma que tomava conta do ambiente. Senti duas mãos fortes me agarrando por trás e soltei um grito assustada antes de ouvir a voz de Arthur me tranquilizando.

Arthur: Relaxe, Carla. — Sua boca estava bem próxima ao meu ouvido — Não aguentei esperar até o final do jantar, te vi entrando no quarto e vim atrás.

Carla: Você me assustou. — virei para ele e envolvi seus braços colocando meu corpo molhado ao dele — Mas estou feliz que tenha vindo.

Arthur: Eu precisava tomar um banho, você veio para o chuveiro, decidi unir o útil ao agradável.

Carla: Então eu vou te dar um banho, Sr. Picoli.

Sorri e lhe dei um beijo calmo encostando nossos lábios, em seguida peguei a esponja que ainda estava em minhas mãos e voltei a colocar mais sabonete líquido. Comecei dando atenção aos ombros largos com o olhar fixo em cada músculo daquele corpo. Arthur me deixava livre para fazer o que quisesse, apenas me observava enquanto eu não podia ignorar o membro rígido ali na minha frente, pulsando para que eu o libertasse daquele desejo.

Respirei fundo e me mantive concentrada no que fazia, deslizei a esponja pelos braços musculosos devagar o deixando com o aroma de cereja, que poderia ser considerado um pouco feminino, mas não naquele homem. Dediquei minha atenção à parte superior do seu corpo e pedi para que se virasse. Arthur exibiu as costas largas, a cintura fina e as nádegas rígidas. Definitivamente ele era um deleite para meus olhos e eu jamais me cansaria de admirá-lo. Passei a esponja por suas omoplatas, descendo devagar até a base de sua coluna e em seguida deixei a esponja de lado deslizando minhas mãos por todo seu corpo.

Arthur gemeu quando o abracei por trás e desci até o seu membro pulsante. Comecei uma leve carícia que logo se tornou mais intensa e gemidos roucos começaram a escapar de sua garganta. Ele era o tipo de homem que despertava os maiores desejos e a libido de qualquer mulher e obviamente comigo não seria diferente. Eu gostava de saber que era o motivo do prazer dele, ouvir meu nome sussurrado de maneira rouca entre um gemido e outro, vê-lo chegar ao ápice do prazer enquanto eu saboreava a sensação de observá-lo perder o controle. Aquele era o Arthur homem, um animal selvagem capaz de me envolver e esquecer completamente o pudor.

Eu adorava o contraste entre sua imagem de CEO e a que eu tinha agora dentro do meu boxe. Os gemidos ecoavam pelo banheiro e sua respiração ofegante se tornava cada vez mais pesada. Deslizei minha mão rapidamente, apertando a base do seu membro e Arthur chegou ao clímax, urrando de prazer e jogando a cabeça para trás me deixando tão satisfeita quando ele.

Carla: Adorei sua visita. — beijei o meio de suas costas e o soltei.

Arthur: Pode ter certeza de que eu também. — ele se virou me olhando com os olhos escurecidos e eu sabia o que aquilo significava.

Carla: Não, Arthur. — estendi a mão pedindo para que ele não se aproximasse — Eu quis te dar prazer, sem nada em troca. Eu queria te proporcionar isso.

Arthur: Certo, então vem cá. — abriu os braços para mim e eu sorri.

Nós nos abraçamos, ele beijou o alto da minha cabeça e ambos terminamos o banho juntos. Arthur amarrou uma toalha em volta da cintura e caminhou pelo meu quarto sem dizer uma única palavra. Envolvi meus cabelos em uma toalha e vesti o roupão. Sentei sobre a poltrona em um canto e coloquei as pernas para cima, fixando meu olhar nele. O peitoral firme e a barriga lisa me distraíram por um momento.

Carla: O que houve?

Arthur: Nada, estou apenas tentando encontrar um jeito de expor nossa relação. — Arthur disse parando de andar e sentou em minha cama — Acho que podemos ser vistos juntos. Como em um encontro. — olhou para mim — Quero que me acompanhe à uma exposição de arte. Espero que goste.

Carla: Eu adoro. Na verdade, nunca tive a oportunidade de ir à uma, mas sempre vi galerias na TV e achava tudo tão interessante.

Arthur: Será um ótimo lugar para sermos vistos juntos. Não é tão romântico quanto um jantar, acho que é o tipo de encontro ideal para uma primeira aparição. Podemos trocar olhares, sorrisos, e eu serei um cavalheiro.

Carla: Você pensou em tudo. — levantei e fui até ele que me recebeu em seu corpo.

Arthur: O que você acha? — senti uma leve carícia no meu rosto — Quando se é alvo da mídia, todo cuidado é pouco. Não quero dar motivos para que pensem que você está se aproveitando de mim ou que temos algum tipo de caso. Quero que especulem um relacionamento, mas que seja visto como algo sério. As pessoas precisam ver que gostamos da companhia um do outro e não apenas que pensem que está tudo fundamentado no sexo.

Carla: Você entende muito sobre essas coisas de mídia. — meneei a cabeça — Já foi vítima da imprensa marrom?

Arthur: Acho que qualquer pessoa que está exposta, seja ela um artista ou alguém da alta sociedade, já foi vítima de alguma notícia distorcida ou divulgada de má fé. Então com o tempo aprendi a manipular a mídia, assim como ela manipula o que vende.

Carla: Me agradou a ideia de que você se preocupe tanto com o que vão divulgar a nosso respeito.

Arthur: Principalmente porque me lembro da nota que saiu no jornal com uma foto nossa dançando.

Carla: Eu percebi como existe fofoca.

Arthur balançou a cabeça e disse que precisava voltar para o quarto, mas que me esperava lá porque fazia questão que dormíssemos juntos. Assenti me sentindo feliz por finalmente conhecer aquele espaço tão pessoal e corri para colocar uma camisola.

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