Capítulo 89 :

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Carla: Sabe, meu amor... — eu comecei a falar chegando ainda mais perto de seu corpo com Malu em meus braços — Eu realmente comecei a acreditar que tudo vai dar certo.

Arthur: Claro que vai. — senti sua mão quente em meu rosto — Eu não deixarei que ninguém tire Malu de nós.

Carla: Oh, Arthú! — eu suspirei completamente emocionada com suas palavras.

Arthur: Nada no mundo vai conseguir tirar esse sentimento de mim. Eu jamais vou permitir que o fato de não poder ter filhos me torne um cara amargo novamente. Quando Malu me chamou de papai, foi como se o mundo mudasse de repente e eu percebi que não era necessário ter um filho biológico para ser considerado e amado como pai.

Carla: Eu disse que um dia esse sentimento ia surgir. — sorri para ele com os olhos marejados — Por que não pega sua filha no colo? — sugeri sentindo meu coração disparado.

Arthur assentiu e eu lhe entreguei Malu que logo esticou os bracinhos e foi para o colo dele aninhando a cabecinha em seu ombro largo.

Arthur: Às vezes me pergunto por que ela gosta de mim se grande parte do tempo eu nem me aproximava. — Arthur se perguntou ajeitando-a em seus braços.

Carla: Acho que era mais algo do destino. Malu se sentiu ligada a você, acho que desde o momento em que você lhe deu a boneca. Lembra-se?

Arthur: Sim. — fez uma pausa quando Malu tocou seu rosto e gentilmente ele segurou sua mãozinha e deu um beijinho na palma — Eu era um tremendo cretino naquela época, e isso nem faz tanto tempo assim.

Carla: O que importa é que você se recuperou daquilo que tanto te incomodava.

Arthur: Agora somos uma família, querida. — ele se inclinou e me deu um beijo demorado nos lábios.

Uma família. Repeti em minha mente essas palavras. Senti o nó se formar em minha garganta pensando no quanto eu queria isso. Quando Matheus me rejeitou junto com o bebê que eu carregava, vi meu sonho de ter uma família se desmoronar. Por muito tempo eu achei que jamais fosse encontrar alguém que me amasse tanto a mim como minha filha. Que homem aceitaria criar a filha de outro? Eis que agora, bem na minha frente, estava o homem que eu tanto amava carregando meu bem mais precioso em seus braços como se fosse sua. Definitivamente, Malu era sua filha.

Arthur: Vamos entrar, Carlinha. O sol está sumindo e vai começar a esfriar. Provavelmente uma frente fria está se aproximando.

Juntos fomos até o quarto de Malu que já estava praticamente adormecida nos braços dele. Devagar e ainda sem muita prática, Arthur a passou para meu colo e eu a coloquei deitada no berço. Saímos em silêncio e ele me levou com a mão na base das minhas costas até seu quarto.Nenhum de nós disse nada. Mas as palavras podiam ser dispensadas.

Arthur colocou as duas mãos em minha cintura e fez com que eu me virasse, colocando nossos lábios em um beijo intenso. Alguns minutos depois ambos estavam nus sobre os lençóis de seda da grande cama de Arthur enquanto nossos corpos se movimentavam em um frenesi de sensações. Eu cavalgava em seu membro que pulsava dentro da minha intimidade me preenchendo por completo. A cada movimento do meu quadril eu podia sentir meu corpo se aquecer e o clímax se aproximar.

Arthur com suas mãos grandes me forçava cada vez mais arrancando gritos de prazer da minha garganta. Nossos corpos suados estavam na mesma sintonia e nossos gemidos tornaram-se praticamente um único som. Nossos olhares se encontraram um segundo antes de eu explodir num orgasmo intenso, fechando os olhos e reclinando para trás estremecendo intensamente. Arthur chegou ao clímax logo depois de mim, urrando de prazer enquanto eu sentia seu líquido em minha intimidade. Nossas respirações estavam ofegantes e eu inclinei todo meu corpo para frente até deitar sobre seu peitoral largo. Eu podia sentir seu tórax subir e descer e meus seios espremidos contra ele, e não evitei um sorriso.

Arthur: Você não faz ideia de como sou louco por você. — a voz rouca dele interrompeu o som das nossas respirações ofegantes.

Carla: Eu também sou louca por você, meu amor. — levantei minha cabeça vendo-o debaixo de mim.

Arthur: Sabe, querida, eu andei pensando em como seria tê-la novamente como minha secretária. — vi um sorriso lateral brotar em seus lábios.

Carla: Com certeza haveria sócios insatisfeitos com seus atrasos para reuniões.

A risada dele explodiu pelo quarto e senti sua mão em minha nuca, me puxando para um beijo intenso. Eu adorava quando estávamos assim relaxados, esquecendo todos os problemas do lado de fora. Senti que ele estava ficando rígido debaixo de mim novamente e eu soube que essa era a deixa para voltar a movimentar o quadril sentindo o desejo reverberar pelo meu corpo.

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