Capítulo 68 :

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Arthur: Eu trouxe algo, só preciso pegar em minha mala. — ele fez menção de me soltar e eu ergui o corpo me sentando bastante curiosa sem me dar ao trabalho de me cobrir.

Arthur se levantou em toda sua nudez e eu não resisti em olhar para suas nádegas firmes mordendo meus lábios diante da visão espetacular. Rapidamente ele abriu sua mala preta e retirou de lá de dentro duas caixas brancas. Uma pequena e outra bem maior. Fiquei bem curiosa vendo ele se aproximar e deixar a caixa maior sobre o criado mudo enquanto se sentava ao meu lado com a outra na mão. Olhei rapidamente e vi o logotipo da Apple.

Arthur: Eu comprei para você, é um celular novo. — Arthur estendeu para mim a caixa e eu olhei diretamente para ele.

Carla: Não precisava, Thur. O meu celular ainda funciona.

Arthur: Eu sei, mas acho que você precisa de um aparelho mais moderno. Não tenha vergonha de usufruir dos benefícios que o dinheiro pode te oferecer.

Carla: Mas ainda me sinto incomodada algumas vezes em sair gastando assim. Lembra-se quando você me acusou de estar atrás do dinheiro do seu avô?

Arthur: Não, Carla. Não comece. — seu olhar se tornou frio e impassível — Eu estava ressentido, não te conhecia e claro, quis te julgar da pior maneira. Você herdou parte das ações e, portanto, agora você pode viver em meio a todo o luxo que tem direito.

Carla: Mas não acha que um celular desses é exagero? — perguntei olhando para o aparelho ainda na caixa o qual eu não fazia ideia de como mexer.

Arthur: Já disse que não. Logo você vai encontrar ótimas utilidades para ele, tenho certeza. — um sorriso enigmático apareceu em seus lábios e seu olhar era de pura malícia.

Carla: Parece que você teve muito que pensar durante a viagem, Sr. Picoli.

Arthur: Posso garantir, Srta. Diaz, que tive bastante tempo para planejar soluções para essa distância. — seus lábios tocaram os meus levemente, num leve roçar, mas logo se afastou — Eu te ensino depois como mexer nesse iPhone.

Carla: Obrigada. — olhei para a caixa maior sobre o criado-mudo — E aquilo é o quê? — indiquei fazendo um leve aceno com a cabeça.

Arthur: Ah...

Pela primeira vez eu vi nos olhos de Arthur sua insegurança. O que havia na caixa que poderia ter lhe causado isso? Fiquei ainda mais curiosa, já que seu comportamento e personalidades não combinavam em nada com sua reação no momento. O CEO rígido e firme em suas decisões se mostrava hesitante em pegar a caixa, mas conseguiu vencer a incerteza e a trouxe para perto de nós deixando-a sobre o colchão.

Arthur: Abra, por favor.

Até seu tom de voz denotava toda uma insegurança e eu fiquei apreensiva para saber o que havia naquela caixa capaz de desestabilizá-lo, já que ele mesmo a trouxera em sua mala. Segurei a tampa depois de hesitar um pouco e retirei devagar revelando algo que me deixou confusa em um primeiro momento. Dentro da caixa, repousando sobre os papéis de seda, estava uma boneca de pano. Seus cabelos loiros eram pequenos fios de lã presos em marias-chiquinhas, com um vestidinho lilás e bolinhas brancas e sapatinhos da mesma cor. Olhei para ele confusa e sua expressão estava indecifrável.

Carla: É tão linda. — sorri para ele e olhei de volta para a boneca e a retirei da caixa sentindo seu corpinho todo macio.

Arthur: Naquele dia, quando você disse que havia saído com a Malu porque era o aniversário dela, decidi comprar esse presente. Não sei o que comprar para uma criança, principalmente uma tão pequena, então vi essa boneca na vitrine de uma loja e achei que era um presente aceitável.

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