Capítulo 25 :

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Arthur: Responde Carla, você gostou?

Carla: Ele é bem agradável. — respondi de maneira natural fingindo não entender a ironia naquela pergunta.

Arthur: Sabia que ele tem uma noiva?

Carla: Sim, ele me contou. Ela é decoradora. — meneei a cabeça ainda mais curiosa com aquela conversa — Não sei onde está querendo chegar com esse assunto.

Arthur: Para você saber que Gustavo é comprometido. — deu um passo à frente — Cuidado com quem você vai se envolver, Carla.

Carla: Você está insinuando o quê? Eu apenas dancei com ele, Arthur. Não tem maldade nenhuma nisso. Eu mal o conheço!

Arthur: Mas existem mulheres, Carla, que enlouquecem um homem desde a primeira vez.

Ele diminuiu o espaço entre nós e me puxou pela nuca, me assustando com sua atitude tão repentina enquanto colava os lábios aos meus. Senti a urgência daquele beijo, a língua abriu espaço fazendo com que eu entreabrisse os lábios e cedesse à necessidade do meu corpo. Levei uma das mãos até a costela dele e automaticamente me lembrei da tatuagem ali naquela mesma região agora coberta pelos tecidos do seu traje formal. Arthur era a tentação em pessoa, eu senti que ele me empurrava até uma das paredes e eu gemi ao sentir o contato do meu corpo com aquela superfície dura.

Ele me prensava, sua mão direita em minha nuca enquanto a língua experiente explorava toda minha boca. Era um misto de excitação e desespero e eu levei a outra mão até seu braço musculoso, apertando e sentindo-o firme. Arthur me deixava à beira do abismo da minha sanidade mental, a língua era sedenta, os lábios se movimentavam com perfeição e se encaixavam aos meus de maneira surpreendente. Àquela altura minha intimidade já estava molhada e pulsava desesperada. Senti a ereção dele contra minha barriga como naquela primeira vez e gemi entre o beijo sentindo-me derreter ainda mais.

Arthur estava excitado, tanto quanto eu, ele estava vulnerável grunhindo entre meus lábios, afastando-se milésimos de segundos antes de voltar a encaixar os lábios nos meus. Sua mão esquerda desceu pelo meu corpo pegando fogo, subi a perna deslizando pela lateral da coxa dele e senti a mão firme pegando minha coxa e apertando-a por baixo do vestido. O toque era bruto, desesperado e eu gemi sentindo a língua possessiva deslizando sobre a minha.

Eu não pensava em mais nada, já não tinha mais controle sobre as reações do meu corpo e agarrei com mais força o braço dele enquanto sentia Arthur se esfregar contra minha cintura. A mão livre eu coloquei sobre a lateral do seu corpo e pensando na tatuagem logo abaixo daqueles tecidos. Como eu ansiava por vê-la mais de perto, havia se tornado o foco de alguns sonhos eróticos que me atormentavam durante a noite.

Um barulho ecoou no ar e eu demorei alguns segundos até assimilar o que era. Não se tratava da música da festa, era o choro desesperado de Malu. Arthur se afastou abruptamente de mim acabando com a magia daquele momento. Os lábios dele estavam avermelhados e inchados, os meus não deviam estar diferente. Nossas respirações ofegantes pareciam seguir o mesmo ritmo acelerado com o ar entrando e saindo de nossos pulmões.

Arthur não disse nada, apenas virou-se e a passos largos sumiu no corredor principal, provavelmente encontrando com Beth. Eu deixaria para pensar sobre esse beijo depois, agora era hora de voltar para o quarto de Malu e acalmá-la. Entrei rapidamente me aproximando de seu berço e a vi ajoelhada tentando engatinhar.

Carla: Calma, meu amor. — abaixei e a peguei no colo apoiando-a contra meus seios — A mamãe está aqui.

Aninhada contra meu peito, consegui fazer com que ela se acalmasse e aproveitei para amamentá-la. Malu mamou um pouco, mas logo desistiu bocejando mais uma vez. Fiquei cantando algumas canções de ninar enquanto caminhava pelo quarto com ela nos braços sentindo que já estava adormecendo. Agora com Malu mais calma, minha mente teve tempo de pensar em Arthur.

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