Capítulo 27: Apreciando as Estrelas.

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Collin

Havia uma grande parte de mim que queria beijar Emma naquele mesmo instante que ela segurou minha mão e me encarou, com aqueles olhos azuis que faziam meu coração acelerar mais e mais a cada segundo. Mas também, tinha a pequena parte que tinha medo de beija-la e acabar estragando tudo.

Não nos conhecemos da maneira mais normal do mundo. Mas pra mim, foi como nos conhecemos que me fez ficar fascinado por ela. Só que ela é minha vizinha. E tudo leva a crer que nossos irmãos não vão se dar bem tão cedo. E isso com certeza é péssimo pra mim. Porque eu queria me aproximar mais dela. E não afastá-la.

—Você tá me olhando com uma cara engraçada. —Emma comentou, fazendo uma careta, como se quisesse rir.

—É que você é linda demais. —Falei, sem pensar. O rosto dela ganhou um tom avermelhado, que me fez abrir um sorriso imenso. Me ajeitei, me sentando mais próximo a ela, vendo os olhos dela hesitarem com a minha aproximação.

—Isso não é um tipo de brincadeira sua com a Anne, é? —Indagou, e meu sorriso morreu na mesma hora. —O seu interesse por mim.

—Não... Claro que não! —Afirmei, rápido, vendo ela levar os dedos até a mecha de cabelo e colocá-la atrás da orelha. —Isso não tem nada a ver com a Anne ou com seus irmãos. Não brincaria com o sentimentos de alguém.

—Eu só queria ter certeza. Não achava que era isso mesmo. —Deu de ombros e quando eu vi já estava soltando uma gargalhada, que chamou a atenção dela. Emma me encarou, com as bochechas vermelhas e um sorriso pequeno no rosto, surpresa. —O que foi?

—Você é bem segura sobre si mesmo, não é? —Arqueei as sobrancelhas e ela sorriu sarcasticamente.

—Eu só não gosto de pensar negativo sobre as coisas. E pensar que um garoto está interessado em mim só pra me zoar, é uma dessas coisas. —Ela deu de ombros de novo. —Gosto de acreditar que sou interessante o suficiente para alguém se interessar por mim de verdade. E se não se interessar, então o problema não é comigo e sim com a pessoa que provavelmente é cega.

Outra gargalhada saiu pelos meus lábios, o que fez Emma rir junto comigo, se divertindo.

—Você sempre pensou assim? —Indaguei, curioso e ela negou com a cabeça.

—Quando eu era menor, era insegura. Muito insegura. Minha mãe costumava falar isso pra mim. Que eu era mais do que incrível e que não deveria mudar pra agradar ninguém. —Emma sorriu, de uma forma que fez meu coração acelerar e a vontade de beija-la aumentar mais ainda.

—Concordo com a sua mãe, princesa. —Falei, parando de sorrir para olhar pra ela. Eu queria gravar cada detalhe do rosto dela. Notei naquele instante, que ela tinha uma pequena pintinha no meio da bochecha esquerda. Ergui a mão, sem conseguir me controlar, e toquei a bochecha dela, vendo ela estremecer. Sorri na mesma hora, deslizando os dedos pela pele macia até chegar aos fios de cabelo que caiam pra frente do seu rosto.

—Quer saber o que eu pensei quando você me beijou? —Questionei, tão baixo que não soube se ela ouviu. Mas vi que sim quando assentiu, sem tirar os olhos de mim. Minha mão ainda estava na sua bochecha. Agora tocando os fios de cabelo e os levando para trás de sua orelha. —Que eu estava apreciando as estrelas, sem nem precisar olhar pro céu.

Ela sorriu, de forma tão tímida que fez fogos de artifício explodirem no meu estômago. As vezes eu ainda me perguntava o que ela tinha feito pra invadir meus pensamentos tão rápido assim. Mas olhando pra ela, tão próxima, eu percebia que isso não fazia a mínima importância. Porque eu só queria aproveitar cada segundo.

—Posso beijar você? —Perguntei, aproximando meu rosto do dela. Emma soltou uma respiração pesada e assentiu com a cabeça. Sorri por um segundo, antes de deslizar minha mão para a nuca dela e a beijar.

Os lábios dela eram macios e quentes. E seu gosto era o mais perfeito possível pra mim. Meu coração acelerou mais ainda quando ela levou a mão para minha nuca, puxando meu rosto mais para si. Levei as minhas até sua cintura, aproximando seu corpo do meu, enquanto minha boca reivindicava a sua.

Eu não ia parar de beija-la até que ela fizesse isso. Ou talvez nem quanto ela fizesse, já que quando ela ousou se afastar um segundo, eu a puxei de novo pra mim, sorrindo contra os lábios dela. Cada beijo estava me deixando cada vez mais fascinado por ela.

—Collin, eu preciso... eu preciso respirar. —Ela se afastou, com um sorriso tímido nos lábios. E eu sabia que tinha o sorriso mais bobo do mundo nos meus lábios também. Emma havia conseguido controlar cada pensamento e cada sentimento meu. E esse beijo só me fez ter certeza de quanto eu estou ficando louco por ela.

—Desculpa. —Falei, vendo ela sorrir e então esconder o rosto no meu ombro. —Você é linda, sabia? —Ela soltou uma risada contra minha jaqueta e eu beijei o topo da sua cabeça. —É claro que sabe. Já falei isso antes. É linda demais pra eu conseguir manter minha sanidade.

—Você é muito bobo. —Afirmou, se afastando de mim. Puxei o rosto dela e deixei um selinho nos seus lábios, vendo ela sorrir em resposta.

Emma se afastou um pouco de mim quando seu celular começou a tocar. Ela atendeu, sem nem tirar os olhos de mim.

—Oii? —Eu estava com os olhos grudados nela e vi o momento que o sorriso que ela tinha no rosto começou a morrer, e então ela ficou pálida como um papel.



Continua...

10 Maneiras de Sobreviver as Férias / Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora