Capítulo 57: Bolo de Casamento.

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Peter

Anne ergueu meus braços pra cima, cantando alto e dançando no ritmo da música. Meus irmãos estavam ao meu redor, cantando animados. Comecei a cantar junto com eles, vendo a animação tomar conta de todo mundo ao nosso redor.

Abracei Anne, dando um beijo nos lábios dela e ouvindo todo mundo comemorar ao nosso redor. Sorri, quando todos nós começamos a nos abraçar, formando um círculo ali, enquanto cantávamos. Nossos pais entraram no meio, cantando junto com a gente, ou tentando, na verdade. E era essa a última coisa que faltava.

Dez: manter a família unida.

Fomos até os dois, em um abraço desengonçado de braços, cabeças e ombros. Não havia sensação melhor do que ver todas as pessoas importantes ao seu redor, felizes.

—Snow! —Olhei para o lado, vendo Zack erguer Snow pra cima, como se ele fosse o Simba do Rei Leão. Ele havia ficado em uma das salas, até a festa começar e usava uma gravata borboleta no pescoço peludo. Ri ao ver a expressão dele de quem estava xingando todo mundo mentalmente.

Outra música começou, enquanto Snow saia do colo de Zack e ia para o chão, com a coleirinha, pra não se perder no meio de todo mundo. Ele se enrolou nas pernas de Bia quando várias crianças se aproximaram, doidas para passar a mão nele.

—Coitado do gato. —Olhei pra trás, dando e cara com Miguel e Lina, observando Snow com uma expressão animada. Puxei Zack, indo para perto dos dois.

—Miguel! —Falamos juntos, alto por conta da música. Ele deu um salto, tropeçando pra trás no susto. Começamos a rir, vendo a expressão confusa dele.

—Ah, tinha que ser vocês! —Ele colocou as mãos na cintura. —Um dia vocês ainda me matam do coração. Sabe, dou graças a Deus por não ser vizinho de vocês.

—Que isso, Miguel? —Emma apareceu, abraçando Lina de lado. Ela era baixinha, de pele negra e cabelos encaracolados. Uma graça de pessoa. —Somos vizinhos excelentes. Fazemos até torna pros vizinhos novos.

—Verdade, somos um amor de vizinhos. —Zack concordou, com uma falsa expressão de santo, enquanto eu via Anne negar com a cabeça.

—Não cai nessa não, viu? Peter me tacou uma torta na cara no primeiro dia que nos mudamos pra casa ao lado. —Anne afirmou, me fazendo arregalar os olhos, enquanto os outros começavam a rir.

—Qual é, você sabe que foi sem querer! —Resmunguei, vendo ela arquear as sobrancelhas, claramente me provocando. —Achei que já tínhamos superado isso.

—Só vamos superar quando eu te der uma tortada na cara. —Afirmou, cruzando os braços na frente do corpo. Tombei a cabeça de lado e abri um sorriso.

—Você já fez isso lá na confeitaria, esqueceu? —Ela balançou a cabeça negativamente.

—Aquele dia não conta. —Afirmou. —Porque você também tacou em mim.

—Vocês não vão começar a discutir agora, né? Vocês estão namorando a poucas horas e já vão brigar? —Collin indagou, fazendo uma careta.

—Fica na sua. Ainda quero quebrar seu braço. —Afirmei, cerrando os olhos em direção a ele.

—Snow, não! —Olhei pra Bia, vendo Snow sair em disparada, puxando a coleira da mão de Bia. Começamos a correr atrás dele no mesmo instante, desviando das pessoas que olhavam tudo confusas.

—Alguém segura esse gato! —Ouvi a voz do tio Ricardo, enquanto todo mundo no salão começava a correr atrás de Snow. Ele entrou pra baixo de uma mesa, correndo por baixo das cadeiras e desviando de todo mundo que tentava pegar ele.

Fui para o outro lado, vendo que ele ia correr para a mesa principal, onde estava o bolo de casamento. Arregalei os olhos ao ver a coleira ficar presa em uma cadeira. Enquanto ele corria ela era arrastada atrás dele, batendo em todo mundo que estava no caminho.

—SNOW! —Bia gritou, enquanto ele corria mais rápido que o Flash. Me curvei para segura-lo quando o mesmo veio na minha direção. Ele desviou, me fazendo virar com tudo para escapar da cadeira. Minhas pernas se enrolaram na coleira, me fazendo tropeçar e cair pra trás. Meu corpo se chocou contra uma mesa e ela tombou, me fazendo cair em cima de algo macio, gelado e cheio de glacê.

Um silêncio recaiu no salão, enquanto a música parava de tocar. Ergui a cabeça, passando as mãos nos olhos para tirar todo o creme. Olhei o estrago na minha frente, encolhendo os ombros.

—Por que isso sempre acontece comigo? —Sussurrei, sentindo o glacê do bolo de casamento por toda minha roupa.

—Ainda bem que eu encomendei dois bolos. —Tio Josh murmurou, me ajudando a sair de cima do estrago, me sentei no chão, vendo ele me olhar com as sobrancelhas erguidas.

—Não sei se fico feliz ou ofendido com isso. —Afirmei, pra um segundo depois todo o salão explodir em gargalhadas.



Epílogo...

10 Maneiras de Sobreviver as Férias / Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora