Sarah.
A coisa mais improvável de acontecer, era eu novamente me relacionar com uma mulher que não tem qualquer noção de BDSM, isso porque, meu casamento com a Lorena foi um tremendo erro. Quando nos conhecemos, parecia que deixar o meu lado dominador adormecido, era algo tolerável, sem notar que eu estava desistindo de parte de mim, e talvez seja a principal característica da minha personalidade, é sobre quem eu sou, e não estou mais disposta a me anular por ninguém. De certa forma eu sabia que a Marília poderia mudar de ideia ao ser levada ao clube, aliás, essa era a minha única esperança. Eu estava completamente atraída por ela, e de uma forma que eu não conseguiria desistir tão facilmente.
A Marília é um grande desafio, isso porque ela não leva o menor jeito para submissão, ela não é uma mulher capaz de se sujeitar a qualquer ordem que eu propuser, apenas por ser minha submissa, ela é naturalmente uma brat. Ah... as brats, confesso que sempre detestei esse tipo de submissa, se é que posso chamá-las assim. As brats são uma espécie de submissas que jamais se curvam se não estiverem realmente interessadas, elas não obedecem a menos que realmente queiram isso, o que é péssimo para quem tem mania de controlar tudo à sua volta, como eu.
Eu nunca tive uma brat, sempre julguei não ter paciência suficiente para lidar com uma. Eu sempre preferi as submissas que sabem o que quero, que se portam como mando, e que entendem minhas ordens sem que eu precise repreendê-las a todo momento como se fossem crianças birrentas. A Mari jamais será uma submissa, o seu olhar é desafiador, ela me desafia desde que nos conhecemos, e de uma forma que nem ela mesmo percebe, é algo natural, e que me faz buscar o autocontrole diversas vezes por dia. Eu duvido que ela vai conseguir se manter calada nas sessões, evitar me olhar nos olhos, ou parar de me desafiar. Ao mesmo tempo em que ela está sendo ensinada a ser uma submissa, eu tecnicamente estou reaprendendo a domar um tipo específico de submissa, o que me parece ser uma verdadeira loucura.
Nunca um vestido de couro esteve tão deliciosamente bem colocado em uma mulher. Ela estava em pé, com o nariz empinado, ignorando a minha ordem de não me olhar nos olhos, maldita brat. Eu toquei suas bochechas com minha mão, apertando-as de uma só vez. Ela resmungou de dor, e soltou um riso baixo como se soubesse bem o que fazia.
— Deixei claro que não deve me olhar nos olhos, não ouviu? — Ela mordeu o lábio prendendo o riso e baixou o olhar.
— Sim senhora, me perdoe. — Sua voz era carregada de ironia, e eu precisava me controlar se não quisesse assustá-la em sua primeira sessão.
Eu me aproximei de seu corpo e desci o zíper de seu vestido, seus mamilos estavam deliciosamente duros, assim como seu corpo marcado pela pressão do couro, deixando-a ainda mais maravilhosa. Eu dei a volta observando-a com lentidão, sua respiração estava mais calma, embora seus braços estivessem completamente arrepiados. Me aproximei e a encarei por alguns minutos em silêncio, esperando que ela me olhasse, o que felizmente não aconteceu.
— De joelhos. — Ordenei analisando sua reação de se abaixar imediatamente, e voltando a ligar a engrenagem fazendo a peça vibrar entre suas pernas, ouvindo um gemido fraco como resposta.
Caminhei até o armário escolhendo o meu cane de madeira maciça e cabo em couro. Quando voltei, percebi que ela tentou disfarçar que estava me observando, tarde demais. Peguei uma fita grossa de cetim preta, e caminhei a passos lentos até ela, vendei seus olhos antes que seu olhar se tornasse um problema essa noite, e aumentei a pressão da vibração, fazendo-a morder o lábio para abafar o gemido. Toquei com o cane suas costas, subindo por sua coluna até chegar em sua nuca. Me abaixei ficando da sua altura, e passei a língua no lóbulo da sua orelha lentamente.
— Encoste os ombros o mais próximo que conseguir do chão. — Ordenei analisando sua reação.
Ela se abaixou o máximo que podia, ficando completamente empinada, o que para mim, já proporcionava uma visão privilegiada. Eu caminhei em volta do seu corpo ouvindo seus gemidos contidos pela vibração em uma velocidade média. Eu nem sei quanto tempo esperei por esse momento, e o tesão que sinto ao vê-la totalmente entregue a mim.
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Entre nós
RomanceMarília é uma mulher que vive em um relacionamento aberto com a vocalista de uma banda de rock que só consegue olhar para a fama. Sarah, uma importante CEO da empresa em que Marília já trabalhava há algum tempo, uma mulher difícil porém encantadora...