Cap 27

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Sarah tocou minha mão me puxando para o interior da residência. Seus dedos estavam frios contrastando com o meu corpo em chamas. Eu a queria de todas as formas possíveis, eu queria o seu toque sobre minha pele, eu queria o calor do seu corpo contra o meu, e o nosso cheiro impregnado nos lençóis. Ela me beijou pressionando o meu corpo contra a parede, e tirei o seu blazer beijando o seu pescoço e ombros. Ela desgrudou os lábios dos meus com a respiração ofegante me olhando nos olhos, sua mão estava encostada na parede, e ela parecia tentar recuperar o controle. 

— Eu preciso que assine antes da nossa sessão. — Eu sorri divertida, porque por mais que eu estivesse fazendo corpo mole para assinar, eu queria tanto quanto ela.

— Eu não vou ter tempo para ler agora. — Ela mordeu meu lábio com força e resmunguei. — Eu não devia assinar um documento sem ler, não acha?

— Por favor, é importante. — Pediu com os olhos brilhantes. — Você lê depois, e pode rasgar se não estiver de acordo.

— Por essa lógica, posso ler e assinar depois da sessão. — Ela se afastou analisando o meu corpo, e passando a mão na nuca em sinal de nervosismo.

— Não é certo que eu te toque dessa forma sem o teu consentimento. — Eu assenti e sorri em resposta achando a sua atitude fofa, claro, se eu não soubesse suas reais intenções.

— Você tem o meu total consentimento, estou ciente de tudo o que pode acontecer em uma sessão, e das palavras de segurança que devem ser usadas para indicar os meus limites. Eu quero ser sua, e quero agora, Sarah. Deixe essa burocracia para depois. — Ela pareceu hesitar a princípio, mas ambas estávamos no limite do desejo, e ela não parecia estar disposta a desistir de me castigar essa noite.

Ela me puxou me arrastando pelo corredor estreito, parando em frente de uma porta escura. Sarah me olhou nos olhos como se estivesse tentando desvendá-los, como se quisesse ter a certeza de que eu não mudaria de ideia sobre nossa sessão, mas eu não iria, eu queria tanto quanto ela, e toquei a maçaneta vendo-a tirar minha mão, abrindo a porta de uma vez. O quarto era menor do que o de sua mansão, e também tinham menos itens aparentemente, de certa forma eu não teria tempo para analisar o espaço agora, eu precisava seguir regras, e ser curiosa não me parecia prudente.

Tirei o vestido e as demais peças vendo-a parada ao lado da porta me analisando, coloquei tudo pendurado no gancho e caminhei até o centro do quarto onde estava o quadrado demarcado com a fita branca no chão. Posicionei os joelhos nas pontas da frente, e os pés nas pontas de trás, quase sentando no chão frio. Encarei o chão, era exatamente assim que ela gostaria que eu estivesse, e hoje não era um dia que eu queria desafiá-la, eu queria apenas curtir e sentir tudo o que ela poderia me proporcionar.

— Retire suas joias. — Ordenou se aproximando e estendendo a mão para mim. Eu tirei tudo o que ainda usava, depositando em sua mão.

Ela se afastou, e soltei o ar baixinho. A minha expectativa era gigante. Eu confesso ter um pouco de medo da dor, embora soubesse que eu posso pará-la quando eu quiser. Eu continuava a olhar para o chão em silêncio, e com um pouco de frio pelo ar condicionado ligado. Eu tentei seguir as regras, mas a minha curiosidade era maior, e olhei disfarçadamente em sua direção, procurando-a.

Sarah tinha tirado suas roupas, e sobre seu corpo havia um roupão de seda vinho, ela estava de costas para mim, o que me fez observá-la com mais calma. Ela deu um passo para o lado, e eu voltei a encarar o chão, em dúvida se ela teria percebido o meu deslize. A verdade é que por mais que eu queira seguir suas regras, quebrá-las me parece ainda mais divertido.

— Você tem certeza que está ciente de tudo o que poderá vir a acontecer nessa sala, e de acordo com nossa sessão? — Questionou mais uma vez.

— Sim, senhora. — Respondi vendo-a caminhar lentamente em minha direção. Ela parou de frente para mim, e se abaixou ficando na minha altura, pegando o meu queixo com firmeza, e mantendo seus olhos escurecidos nos meus.

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