Dor e mi fa amor

23• Sonata de Beethoven.

Pov'Meredith.

Eu ia matar Andrew!

Mas não iria me negar a tocar para o que me pareceu a dona da casa, a mulher era linda, cabelos pretos longos, olhos escuros, pele morena e um corpo bonito, não tão alta, mas tão bem vestida, o que me causou medo, porém o modo gentil que ela me pediu me fez dizer sim, então ela seguiu na frente e pedi a atenção de todos e anunciou "Meredith nos dará a honra de tocar está noite", todos se aproximaram.

Soltei a mão de Andrew mesmo contra minha vontade, ele ficou mas perto que as outras pessoas. Olhei ao redor antes de sentar.

- boa noite a todos - falei tentando não soar nervosa - gostaria de dedicar está música ao senhor Saulo, o aniversariante.

Depois das palavras rápidas sentei ao piano e tomei fôlego, toquei uma das melodias mais lindas para mim "Sonata No.9, Op.14 No.1 - Beethoven, já que me fizeram tocar para uma pequena multidão, ia me exibir um pouco, para Andrew toquei algo mais "apaixonante" para eles seria algo mais "animado".

Até Andrew foi pego de surpresa com a minha escolha de música, Gabriela começou a bater palminhas silenciosas, os quase sete minutos que durou melodia estavam todos me olhando fixamente, apesar de não gostar tanto de ser observada, naquele momento eu até gostei, cada nota me fazia sentir algo diferente, eu amava o violino por seu som único, mas o piano seria digamos o "segundo lugar" em meus favoritos.

Quando terminei, levantei e agradeci, todos começaram a aplaudir.

- nem os whiskys caros do seu namorado foram tão agradáveis quanto isso - Saulo murmurou indo para perto da esposa - obrigado.

- de nada! Fico feliz que gostou... - murmurei cordial.

- adorei! Poderíamos passar a noite toda te ouvindo, porém é uma convidada...

- obrigado!!!

- obrigado por nos agraciar com sua música - Gabriela falou mostrando um largo sorriso.

- de nada...

- vou roubar ela um minuto - Andrew falou para o amigo.

Peguei sua mão e o segui para longe dos olhares de todos até o jardim na parte lateral da casa, andamos até perto das árvores, onde havia uma "namoradeira"

- eu não esperava por aquilo!

- eu tocar tão bem? - brinquei.

- isso eu já sabia! Mas foi mais que "bem" - o jeito que ele fala a era tão admirado.

- só foi uma coisinha, eu amo tocar, principalmente violino... Não gosto que menosprezem o que faço - falei desanimada.

- sinto por isso! Sam é bem imatura as vezes.

- já percebi! E tá tudo bem... Aqui é lindo - mudei o assunto, a parte de fora da casa era encantadora, cheia de árvores e pequenas plantas cheias de flores, era calmo.

- está certa!

🎻💻

Não pensei que fosse gostar tanto de estar ali com Andrew, mas todos me tratavam super bem, menos Sam que parecia me comer com os olhos, depois do jantar Andrew até tentou me convencer a dançar, mas o lembrei da tragédia que sou, então ficamos só olhando, ele ainda dançou uma música com Amelia que insistiu, mas voltou ao final para meu lado.

- vou ao banheiro - cuxixei.

- sabe onde fica?

- vou seguir as outras mulheres - brinquei.

- tudo bem! Vou te esperar aqui - ele beijou meu rosto.

Caminhei devagar em direção ao corredor que via as mulheres indo e voltando, parei diante de uma porta e esperei, não demorou para alguém abrir e sair, sorri para a senhora e entrei, quando fui fechar a porta alguém segurou, virei por reflexo e olhei para a mulher de cabelos longos, negros como a noite.

- ei - era Sam.

- se estão era muito apertada, pode ir na frente - sugeri.

- quero falar com você.

- não temos assunto - falei firme.

- vou te falar só uma vez, se afasta do Andrew!!! Você não serve pra ele - seu tom ameaçador me causou medo, mas não demonstrei.

- isso não é uma escolha sua - tentei soar firme.

- estou avisando, fica longe dele - a garota arrogante apertou meu braço.

- ou o que? - perguntei no mesmo tom.

- quem acha que é? Uma pobretona... Olha sua aparência, suas roupas... E notável que esse vestido é de segunda mão... Também é óbvio que Andrew só está tentando me fazer ciúmes...

- não vou permitir que fale assim comigo - puxei meu braço e me afastei.

Ia me sair de perto da louca, mas ela me segurou com força puxando o casaco que usava, voltei um pouco quase perdendo o equilíbrio.

- me solta - mandei.

- você não vai sair daqui, ainda não acabei - Sam segurou forte em meu braço, ela só poderia estar muito bêbada ou muito louca o que ela estava pensando?

- me solta - falei baixo.

- você não é digna dele - Sam soltou meu braço e segurou a saia do meu vestido então puxou rasgando alguns folhos - você não é digna dele.

- para sua louca - agora minha voz saiu alta tentando me afastar.

- você é uma pobre, nojenta... - ela avançou em mim e puxou um alça, os reagir mas ela me derrubou, senti uma dor na parte de trás da cabeça, não consegui mais reagir, só ouvi o barulho do tecido fino se do rasgado e ela gritando sem parar "você não é digna dele".

- Samantha - a voz masculino chamou alto e a tirou de cima de mim.

- vou te matar sua vadia - ela esperneou presa nos braços do pai.

- Mer - Andrew me levantou e me abraçou.

- me tira daqui - pedi.

- eu vou - ele falou aflito enquanto tirava seu terno e me ajudava a vestir.

- sai de perto dele - Sam gritou.

O olhar de Andrew mudou nunca havia o visto daquele modo, ele virou de uma única vez na direção a louça.

- vou falar só uma vez!!! Sua sorte é ser uma mulher... E só não vou prestar uma queixa por agressão em respeito ao seu pai... - acho que nunca tinha visto Andrew com raiva, sua voz era ameaçadora - mas to avisando, fica longe da minha namorada... Longe de mim.

- você não pode namorar ela - Sam gritou.

- posso, e não é você que decidi!!! Nós não estamos juntos a muito tempo... Então deixa minha vida em paz, ou eu esqueço que é filha do Saulo... E... Fica longe de Meredith estou avisando.

Andrew virou de volta para mim e abraçou meu ombro.

- sinto por isso amor - ele sussurrou me guiando para fora da casa, senti meu corpo tremer com o modo que ele falou aquelas palavras.

- não é sua culpa - falei em uma voz trêmula.

- vamos pra casa.

🎻💻

  Eu amo um Andrew super protetor.