Dor e mi fa amor

44• Sabia que ele é esse tipo de cara

Pov'Meredith.

Na manhã seguinte ao pedido, após o café mais específicamente Andrew chamou Giulia para conversar, ela nos olhava seria, de repente me senti nervosa, com medo dela não ficar feliz com a notícia, e Giulia gostar era uma parte muito importante, ela só tinha Andrew, eu nunca faria ele escolher entre a sobrinha de 6 anos e eu.

Mal consegui dormir pensando na reação dela, dos amigos dele e dos meus pais, principalmente dos meus pais, Thacther era mais fácil saber, ele adorava Andrew, mas Ellis ainda era uma incógnita, em um ano fomos apenas duas vezes visitar os dois, e minha mãe era sempre reservada, todos pareciam nós olhar de um jeito que ainda me fazia sentir que eu era uma criminosa, mas como isso só aconteceu duas vezes, não ligava tanto, ao menos não agora.

- queremos te contar uma coisa - Andrew começou.

- o que foi tio?

- ontem a noite, no jantar... Pedi para Meredith casar comigo, e ela aceitou.

- legal - os olhos da menina brilharam - agira ela vai ser minha tia de verdade, quando vocês não casar, eu posso ser a dama de honra? - sua empolgação era notável.

- pode - respondi - ainda não temos um dia... Você gostou?

- simmmm - Giulia levantou e me abraçou - eu amei.

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- o que é isso - Cristina pegou minha mão e quase arrancou ela do lugar.

- Andrew me pediu em casamento - contei como se fosse nada de mais - ontem.

- aí meu Deus.... Eu sabia - ela falou alto - sabia que ele é esse tipo de cara - minha amiga me abraçou.

- o que aconteceu? - jo saiu da cozinha seguida por Alex e George - izzie apareceu no alto das escadas, só um grito de euforia de Cristina chamou a atenção de todos em casa.

- Andrew - mostrei o anel de noivado, se Cristina era empolgada, izzie e jo nem se fala, as duas soltaram aquele gritinho fino que faz os ouvidos zumbir.

- não acredito - izzie segurou minha mão como Cristina havia feito, mostrou para jo, depois para os meninos - que anel lindo, ele tem bom gosto.

- tem - concordei.

- parabéns - jo murmurou.

As três me esmagaram em um abraço, depois os meninos com menos empolgação, quando eles voltaram as suas tarefas, minha amiga me encarou.

- tô feliz por isso, você merece - eu sabia que uma das pessoas que mais torcia por minha felicidade era ela.

- você não vai ficar só feliz, exijo que seja minha madrinha.

- aí de você que não me pedisse - ela bufou - o que o Nick achou?

Quando ela falou isso parei para pensar que não o via a dias, e até agora nada.

- não sei, ele não aparece a sua quatro dias, cada vez ele some por mais tempo e fica menos.

- o que significa que você está feliz - ela falou seria - e você tem que se acostumar, deixar ele partir.

- não sei se tô pronta - confessei.

- mas vai estar, no tempo certo.

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A viagem de férias com Andrew e Giulia foi um dos momentos mais especiais que tive, foi diferente, parecíamos uma linda família feliz, aquelas bem felizes mesmo, como dos comerciais de margarina ou algo do tipo, porém tudo o que é bom dura pouco, no dia seguinte a nossa viagem Giulia adoeceu, nada de mais, só uma virose, mas não foi isso que me fez pensar que eu não conseguia ter só bons momentos, e sim a ligação de Thacther falando que Ellis estava no hospital, suspeita de pancreatite, teria que fazer alguns exames para ter certeza.

- oi - Andrew falou entrando no quarto, o quarto dele.

- oi - tentei sorrir.

- aconteceu alguma coisa? A Giulia piorou? - ele ficou preocupado.

- não, a febre está baixa, ela já dormiu, queria te esperar, mas estava com muito sono - contei.

- então o que aconteceu - Andrew sentou ao meu lado na cama.

- meu pai ligou mais cedo, falou que a mamãe está hospitalizada, suspeita de pancreatite.

- nossa! O que quer fazer? - ele me encarou.

- acho que deveria ir visitar eles, mas Giulia está doente - falei desanimada.

- deveria ir, Giulia está com um resfriado, Amelia pode me ajudar e tem a babá dela... Seus pais precisam de você.

- eu... Eu sei, mas não queria ficar longe de vocês agora - confessei.

- você ainda tem duas semanas de folga, fica com eles, vai ser bom, quando Giulia melhorar vou passar um fim de semana com vocês, o que acha? - sua sugestão era boa, eu vi que ele estava tentando soar animado com a ideia, mas não deu tão certo.

- vai mesmo? - pedi.

- claro que sim, quinze dias sem você não vai dar - Andrew me deu um beijo - nos vamos ficar bem sem você, morrendo de saudades, mas bem... Talvez leve Giulia comigo - sua sugestão me animou um pouco mais.

- tudo bem, é o certo, Thacther está aflito, e se bem conheço minha mãe ela ta fingindo que não é nada.

- vamos providenciar a sua passagem pra amanhã, e amor - ele segurou meu queixo com carinho - eu quero que prometa que vai me ligar, seja por causa de uma dor de cabeça que ela reclamar, se precisar de algo, vai me ligar imediatamente - seu pedido foi tão sincero, tão intenso, que senti meus olhos ficarem marejados - Promete?

- sim! Eu ligo - concordei sincera, Andrew era meu porto seguro, me ajoelhei na cama e o abracei - pra qualquer coisa.

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  Na manhã seguinte estava no aeroporto com Andrew esperando meu vôo, avisei Thacther que chegaria de noite, ele ficou feliz, mesmo com a situação, olhei meu namorado, me corrigi, meu noivo que me olhava desanimado.

- no que está pensando? - Perguntei.

- fazia tempo que não ficávamos tantos dias longe - ele contou, tinha razão, a última vez que ficamos mais de uma semana longe foi quando ele viajou para um curso por nove dias.

- vai me ligar?

- sim, sempre que tiver um tempinho e no final do dia por vídeo chamada, e se precisar...

- eu ligo - concordei rindo - sabe que vou ligar.

- eu sei... - ele suspirou.

- não vai acontecer nada Andrew - toquei seu rosto com carinho - precisamos marcar uma data para o casamento, pensei que talvez quando você for nos ver, possamos contar do casamento, Ellis vai gostar de saber que não serei mais enviada ao inferno - tentei brincar.

- você e seu humor mórbido - ele sorriu - vamos fazer isso.

🎻💻

Oi humanos, olha eu aqui, o que será que teremos nessa viagem?????