65• Pai e mãe de Giulia.

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Pov'Meredith.



  Sabe quando você tem um sobressalto toda vez que pensa em algo? Estava acontecendo isso toda vez que lembrava de estar grávida, era só aquele friozinho na barriga, uma sensação de euforia que vinha rápido, mesmo com o modo que descobrindo, estava feliz, era mais um sonho se tornando realidade, um filho, um meu e de Andrew, metade dele, metade minha, já imaginava como seria, se seria menina ou menino, conseguia ver aquela miniatura de cabelos escuros como o do pai

- por que tá sorrindo assim? - minha mãe perguntou.

- por que tem um bebezinho aqui dentro - apontei minha barriga.

- o dia que soubemos de você, foi muito especial... Thacther contou pra todos no caminho do hospital até em casa.

- isso é bem a cara do papai.

- você sem dúvidas foi nossa maior alegria.

- mãe, conversei com o Andrew - comecei a falar - depois de todos esses acontecimentos... Queria que você e o papai viessem morar aqui, se não quiserem ficar em casa, podemos conseguir uma perto... Mas eu queria.

- seu pai falou sobre isso, mas eu não sabia se iria querer... - Ellis falou desanimada.

- mãe, o que passou, passou... Agora com esse bebê a caminho e com Giulia... E você passando tudo o que passou, só o que desejo é minha família junta.

- vou conversar um seu pai, mas por mim, nós mudamos.

- tudo bem.



💻🎻


A primeira coisa que fiz no dia que recebi alta foi ir até a delegacia com Andrew, quando ele contou sobre a possibilidade de ser eles, eu não pensei duas vezes, principalmente por que um deles era o assassino de Carina e Alerrandro.

- é bom ver que está bem - Taryn falou me abraçando.

- eu também acho - sorri - foi só um susto.

- Meredith um deles bate com o relato que fez a seis anos.

- eu sei, eu o reconheci na noite, e ele também pareceu me reconhecer por isso atirou - contei.

- você não tinha me falado isso - Andrew me olhou feio.

- estava muito nervosa com todos os acontecimentos... Desculpa.

- tudo bem.

- você vai conseguir ver eles através desse vidro, mas eles não podem te ver... Pode olhar bem.

- ok!

Fiquei olhando os policiais que trouxeram os dois homens, senti meu coração esfriar, fechei os olhos por alguns segundos, não sei o que era pior reviver a morte deles e ou que eu passei.

- aquele - apontei o mais baixo - foi o que arrancou meu colar... Aquele o que atirou... Também foi ele que atirou em Carina e Alerrandro.

- tem certeza Meredith?

- poderia passar mil anos, mas ainda vou lembrar daquela noite como se tivesse acabado de acontecer, ele falou "bons sonhos princesa" e atirou... Mas eu sei por que na noite que mantou Carina ele me viu, acho que era pra ser eu, mas os viu... - tentei na chorar, mas ficou difícil.

- tudo bem! Leva ela pra casa Andrew - Taryn pediu.

- vem amor.


💻🎻


Pov'Andrew.


Meredith tinha um dom de me fazsr valorizar o que me foi dado, ela poderia ter morrido a cinco anos e eu nunca teria lhe conhecido, se ela não tivesse visto nada, se tivesse voltado para sua cidade depois daquela noite, mas não aconteceu, agora ela estava aqui comigo, viva e forte, carregando nisso filho.

- tudo bem?

- sim! Só fiquei emotiva por lembrar daquela noite.

- deve ter sido assustador o que eles fizeram.

- mas não foi pior do que ver eles morrendo, levou um tempo para não ficar assustada com aquilo.

- tudo passou, agora o homem que matou eles e tentou com você, vai pagar.

- finalmente, sinto que finalmente posso dormir em paz.

- eu também sinto isso - confessei - agora vamos cuidar de você e do nosso bebê...

Desci do carro e fui ajudar Meredith, andamos devagar na calçada, ela ainda precisa ficar de repouso por causa do neném, foi muito para ele, abri a porta e lhe deixei entrar, Giulia estava sentada nas escadas com o rosto apoiando nas mãozinhas.

- o que faz aí amor? - Meredith perguntou.

- tia Mer - Giulia levantou rápido e correu até ela lhe abraçando.

- aiii - Meredith gemeu.

- desculpa tia - ela se afastou com medo.

- tudo bem, só tá doendo um pouco... Me ajuda a sentar.

- vem! - Giulia segurou sua mão e a levou para o sofá, depois a ajudou a sentar.

- agora senta desse lado, onde não estou machucada - Meredith pediu, observei ela ajeitar Giulia em seus braços puxando as perninhas dela para cima das suas - viu, agora não vai doer.

- eu senti muito medo de você morrer como a mamãe - Giulia falou - você é minha outra mãe.

- Lili - Meredith começou a chorar - minha menina - eu juro que nunca vou te deixar.

- nós temos novidades - sentei perto delas.

- qual?

- Meredith está grávida - contei feliz, vi o sorriso de Giulia sumir - não gostou?

- sim! É que agora vocês vão ter um bebezinho... Eu não sou sua filha - ela me olhou.

- você é minha filha sim Giulia - falei sério - mesmo que seus pais sejam Alerrandro e Carina, eu sou seu pai porque te amo, e cuido de você...

- mesmo?

- claro que sim! Mesmo que Meredith esteja grávida, isso não muda nossa amor por você, você vai ter um irmão - continuei.

- se eu quiser chamar você de pai? - ela perguntou em um tom medroso e esperançosos ao mesmo tempo.

- eu vou adorar - falei tentando não chorar - mas só se for por que quer, não importa como me chame, eu sou seu pai.

- eu quero - ela concordou.

Olhei para Meredith que estava chorando sem parar.

- tia? - Giulia a olhou - eu posso te chamar de mãe?

- meu Deus Giulia - Meredith quase esmagou a menina em um abraço - nada pode me deixar mais feliz hoje, ter dois filhos... Você, seu irmão e seu... Pai... São as pessoas que eu mais amo nesse mundo.

Se Meredith imaginasse o tamanho da minha felicidade saberia que eu era a pessoa mais feliz naquele dia, a família que eu tenho me dava essa alegria.


🎻💻


Capítulo bem levinho para deixar o dia melhor.



Dor e mi fa amorOnde histórias criam vida. Descubra agora