63• Esperei muito tempo para te conhecer.

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Pov'Andrew.


Depois de conversar com Giulia mais um pouco, subi e fui direto para o banho, fiquei embaixo do chuveiro tentando acalmar meu corpo e minha mente, sentia minha cabeça latejando, como se tivesse uma bomba dentro dela prestes a explodir, quando meu corpo relaxou o suficiente para estar sentindo frio sai do banho, procurei algo para vestir, me olhei no espelho, minha aparência era deplorável, era perceptível que havia chorado e não tinha dormido.

Terminei de me arrumar e desci, a essa altura não ia forçar Giulia a ir para a escola, então liguei para a babá e depois para a secretária da escola avisando que ela não iria hoje por motivos de saúde, parei na cozinha e tentei comer algo, Amelia entrou um pouco depois sozinha.

- Giulia tá assistindo...

- liguei para a babá dela, você precisa dormir.

- vou dormir por aqui, mas é bom ela vir - Amelia sentou ao meu lado - eu sei que tá preocupado, mas ela tá bem.

- ela não tá bem, se for demais para o coração do bebê? Como vou falar para Meredith algo assim? - suspirei.

- tenta não pensar antes de acontecer, o pior foi a cirurgia e ele aguentou bravamente... Precisa confiar que vai ficar tudo bem.

- tô tentando Amy, eu tô tentando mesmo... - falei.

- eu sei que tá - ela pegou minha mão - tenho orgulho de ser sua prima sabia?

- achei que eu era a maior decepção da família - consegui brincar, Amelia falava isso quando eramos jovens.

- até parece, você sempre foi o cara foda que cuida da família, cuidou até de mim... Da Giulia, você tá aqui sendo forte porque sabe que ela precisa.

- que mentira, eu fui consolado por uma menininha de sete anos - comentei frustrado.

- isso não te faz fraco, pelo contrário, te faz ainda mais forte... Por ser capaz aceitar o consolo dela - Amelia falava seria - chorar não nos faz fracos Andrew, na verdade é o maior ato de bravura, por que admitidos nossa dor e ainda sim estamos de pé.

- obrigado por isso, por cuidar da gente também, você me ajudou desde a morte de Carina.

- somos família, e família é para isso.

💻🎻

Já fazia quase doze horas que Meredith havia saído da cirurgia, agora seu quadro era estável, ela foi levada para o quarto, mas ainda não havia acordado, segundo os médicos era efeito da anestesia, a mantiveram sedada durante as horas que ficou na unidade semi intensiva, agora era só esperar ela acordar.

Sai do quarto quando meu celular começou a tocar, olhei o número e era Taryn.

Ligação on.

- oi Taryn.

- oi Andrew, eu tenho notícias.

- pegou eles?

- possivelmente sim, mas só vamos saber se Meredith puder indentificar.

- como sabe que são eles?

- um deles estava com a o celular dela e um colar, estava tentando vender.

- você vai manter eles presos? Ela ainda não acordou.

- sim, eles estão sob custódia, a ficha deles é bem extensa... Se Meredith for capaz de os reconhecer.

- não sei, só podemos esperar...

- tem outra coisa - ela falou.

- o que?

Dor e mi fa amorOnde histórias criam vida. Descubra agora