Dor e mi fa amor

47• A igreja onde meus pais casaram.

Pov'Meredith.

Era errado ficar parada atrás da porta ouvindo, mas queria saber o que Andrew falaria para Ellis, e!!! Eu não conseguia reagir as palavras dele, eu sabia que Andrew me amava, e ainda sim me surpreendi; ouvi a porta sendo aberta e me assustei, levantei rápido tentando enxugar minhas lágrimas.

- Mer?

- eu!!! É!!! - não dava pra explicar que ouvi atrás da porta, então me agarrei ao pescoço dele e o beijei, meu amor e respeito por Andrew só aumentava a cada dia.

- preciso comer! - ele cuxixou em meu ouvido dando uma risadinha leve.

- o que acha de panqueca? - sugeri.

- o que acha de sairmos pra comer algo? - sua sugestão foi melhor.

- tá, vou avisar a mamãe.

- pega sua bolsa, eu aviso.

- ok! - fui para o meu quarto, decidi trocar de roupa e colocar um vestido mais leve, peguei minha bolsa e saindo quarto, Andrew estava apoiado no corrimão da escada a minha espera, o jeito que ele fez isso pareceu tão sexy, seus braços cruzados sobre o peito, um homem de negócios usando terno e gravata.

- porque tá me olhando assim?

- você é lindo, gosto de te olhar - dei de ombros e peguei a mão dele - desculpa ter ouvido atrás da porta.

- não falei nada de mais, só a verdade - foi a vez dele dar de ombros - tudo o que falei é o que sinto.

- vai mesmo levar meus pais para São Francisco? - perguntei.

Saímos de casa caminhando na calçada de mãos dadas, me aproximei mais dele e deitei minha cabeça no braço dele.

- se sua mãe quiser sim! Eu não quero que fique longe dela nesse momento, e também não quero ficar longe de você... Tem bastante espaço em casa.

- tá pensando em levar eles pra sua casa? - olhei para Andrew surpresa.

- e você também, se seus pais forem... Não vai fazer sentido ficar com seus amigos e seus pais em casa... Sua mãe vai surtar, mas como você diz, nos já estamos condenados ao inferno mesmo - sua risada era divertida - o que vai mudar morarmos juntos antes do casamento?

- Andrew? - parei de andar e o encarei - o que está sugerindo?

- independente deles irem ou não! Eu quero que mude logo... Se for preciso vamos hoje até o cartório e casamos, e você vai pra minha casa... - o jeito que ele falou fazia soar simples, e era.

- tá falando sério?

- sobre o cartório? Sim, e todo resto - Andrew sorria, mas seu olhar mostrava que realmente falava sério.

- sem cartório, Giulia nem está aqui...

- não sonha em casar na igreja onde cresceu? - ele ainda estava falando sério.

- amor, não dá pra planejar um casamento em uma conversa!

- por que não? - ele voltou a andar - aposto que sua mãe ia ficar feliz! E se precisar Giulia pode vir, ligo para Amelia e ela vem.

- meu amigos, Cristina vai ser minha madrinha, eu não tenho um vestido - falei como se não fosse óbvio.

- se você soubesse que sua mãe poderia morrer em uma semana? Não daria essa alegria a ela?

- Andrew, isso é golpe baixo, sabe que sim!

- eu sei! Mas estamos aqui, e quero te chamar de esposa... E também esfregar na cara da sua congregação que você vai casar... Isso soou rude, desculpa... Mas eu sei que sempre teve esse desejo.