69• Meredith está com desejo.

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Pov'Andrew.


- amor? - senti Meredith me cutucar.

- oi amor - respondi baixo.

- tô com fome - ela falou manhosa, abri meus olhos e procurei o celular para olhar a hora.

Suspirei ao ver eram quase duas da madrugada, sentei na cama e liguei o abajur descobrindo que Meredith estava sentada na cama parecendo um Buda com uma expressão martirizada.

- faz quanto tempo que acordou?

- não sei, mas faz tempo - Meredith falou dando de ombros - tô com muita fome.

- vamos descer e prepara algo - sugeri.

- eu tô com fome de uma coisa específica - ela foi mais clara, bem aí eu fiquei nervoso.

- e o que seria? - perguntei, mas sabia que ia me arrepender da pergunta.

- lembra que comemos aquelas abobrinhas com aquele molho??? Eu sonhei com isso.

Eu sabia que deveria ter medo, onde ia conseguir abobrinha crocante com molho presto a essa hora? Eu lembrava do prato, comemos na viagem para orlando, Meredith nunca havia experimentado e adorou.

- amor são quase duas da manhã, onde vou conseguir isso? - fiz a pergunta em um tom baixo.

- desculpa - os olhos dela encheram de lágrimas em pouco segundos, elas começaram a descer por seu rosto sem parar - eu sei que tá tarde...

- não chora por favor - pedi, eu gostava das oscilações de humor, quando ela queria sexo, mas quando fazia Meredith chorar eu não sabia como lidar.

- é que eu quero comer... - ela parecia estar sofrendo de verdade.

- tudo bem... Vou dar um jeito - levantei.

- sério? - os olhos dela brilharam de alegria.

- sim! Vou até aquele restaurante que você gosta... Talvez lá tenha.

- eu te amo - Meredith sorriu largo.

- eu também te amo - levantei da cama e fui me trocar "por favor que essa fase dos desejos passe logo" implorei aos céus.

Vesti algo rápido e sai do closet, peguei meu celular e as chaves do carro, parei perto de Meredith e lhe dei um beijo.

- eu já volto.

- tá - seu tom era quase infantil - trás um docinho também.

- eu trago - segurei minha cara feia para não magoar ela.

Meredith estava tão sensível que chorava até por errar uma nota, e ela nem errou de fato quando aconteceu, chorava por exatamente qualquer coisa.

Dirigi até o restante que ficava a oito quadras de casa, Meredith adorava comer ali, e ele funcionava até tarde por também ser um bar, entrei e segui direto até o balcão de atendimento.

- boa noite, vocês tem abobrinha crocante com molho presto de iogurte? - perguntei.

- boa noite, sinto muito, mas não temos - a moça falou me olhando como se eu fosse louco.

- poderia me dizer onde acharia a essa hora? É importante, minha esposa está com desejo - contei.

A expressão da mulher mudou, em um segundo ela me olhava como se fosse louco, e no outro com um olhar solidário, e ao mesmo tempo de "você tá lascado".

- sinto muito, mas não sei.

- tudo bem, vou dar um jeito - saí do restaurante ligando para Taryn.

Dor e mi fa amorOnde histórias criam vida. Descubra agora