Aymê narrando- as vezes a vontade de desistir é maior que tudo, já são dois dias presa dentro desse lugar, ontem a noite um bicho mordeu meu braço, eu não consegui ver, más doeu muito, meu corpo tá dolorido eu tô com muito frio, suando, eu só quero sair daqui.
O barulho da chave na porta de ferro não me assusta mais, eu também não consigo levantar, meu corpo não reage, continuo deitada no chão imundo e frio.
Jamal- Sabe que eu tô gostando de deixar você aqui definhando , acho que vou deixar você aqui mais uns dias, o que você acha?
Se eu ficar aqui mais um dia eu vou morrer, meu braço tá inchado, vermelho e doendo muito.
Jamal- pronta pra morrer abraçada com o filho da puta do teu macho?
Não tô pronta pra isso, não quero morrer, e não quero que o Samurai morra, talvez se eu irritar muito o Jamal ele decida me matar antes do combinado, e não mate o Samurai.
Não posso fazer isso, não posso desistir, o Samurai não vai facilitar as coisas pra esse maldito, eu conheço meu marrento, ele não vai se entregar assim, tenho que ser forte, lutar pra ver aquele sorriso de novo, tenho um motivo maior que tudo pra sobreviver, tem um lugar que eu quero ficar , o meu lugar favorito, os braços do meu amor é pra lá que eu tenho que voltar, o Jamal não sabe do que o Samurai é capaz, e muito menos do que eu sou capaz por ele.
Aymê- você vai conseguir o que quer seu maldito.
Ele me levantou apertando o braço que já ta dolorido, um calafrio percorre meu corpo, eu estremeço de dor.
Jamal- Tu tá quente pra caralho, tá com febre vagabunda?
Aymê- não sei, vamos acabar logo com isso.
Jamal- eu que mando aqui porra, eu que sei que horas que você vai morrer, se ligou?
Ele puxou meu rosto pra ele, apertou meu queixo com força, e encostou a boca na minha.
Jamal- desperdício vai ser te matar sem tem comer.
ele tentou me beijar, eu mordi a boca dele com um pouco de força que ainda tenho, ele me jogou no chão com , caio em cima da perna, meu tornozelo girou ,eu senti uma dor insuportável .
Jamal- levanta filha da puta, eu vou te ensinar a me morder.
Com medo eu tentei levantar, forcei o tornozelo, me arrastando contra a parede, até ficar de pé, eu gritei quando precisei apoiar o pé no chão.
Aymê- para! por favor , para! eu não aguento mais.
Jamal- pedindo com jeitinho.
Ele chega perto de mim, aperta meu rosto de novo e morde minha bochecha, morde com tanta força que sangra, ele cospe meu sangue no chão, lágrimas de dor se misturam ao sangue do rosto machucado, não sei até que ponto é possível suportar a dor, más acho que eu ultrapassei esse limite, em uma escala de 1 a 10, a minha dor é 1000.
Jamal- agora eu vou lá buscar seu macho, quando ele chegar eu venho te buscar.
Samurai narrando- nada pode dar errado, os carros , as motos da função, foram ocupados por moradores do morro, no sinal do fogueteiro, os moradores começam a sair, eu saio por último para resgatar minha preta.
LK- bora mano vai dar bom.
o jefferson entra na boca.
Jefferson- eu vou com quem?
LK- com ninguém porra! vai ficar em casa com a tua mãe.
Jeff- não vou ficar aqui, eu vou ajudar, se não for com vocês eu vou sozinho.
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Turano
RomanceEle é Samurai dono do morro do Turano, amado pela comunidade, odiado pela irmã Rafaela , ele finge não se importar , más fica bolado. Ela é Aymê uma moradora do Turano , ela carrega na alma a dor de ter visto o pai morrer por engano nas mãos dos tra...