Nascimento

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Aymê narrando- estou sentindo muita dor,minhas costas parecem que está se quebrando, más olhar para o lado e não ver o samurai, faz a dor ser ainda mais insuportável, estou com medo de não ver ele de novo, lágrimas vão escorrendo e se misturando ao suor que pingam do meu rosto, era para ser um momento lindo, sonhamos com esse dia,más ele não tá aqui, não tá sendo lindo como sonhamos.

O médico chega e fez o toque.

Médico- está em três centímetros de dilatação, um parto de gêmeos e nas suas condições deveria ser realizado em um hospital, com suporte.

Cláudia- então vamos levar ela para um hospital.

Aymê- espera só mais pouco por favor.

Dulce- Aymê o samurai não vai vim,você tem que ir para o hospital, pensa nos seus filhos.

Cláudia- ele tá sendo procurado, não vai poder ir pra o hospital, para de ser teimosa Aymê, essa sua teimosia pode custar caro.

Aymê- só mais um pouco, por favor, ele prometeu.

Cláudia- que insanidade Aymê, o samurai tá na guerra no morro, ele não vai vim.

Aymê- tá bom,vamos!

Com a ajuda do médico e da minha mãe eu levanto, a porta do quarto abre de uma vez.

Samurai- preta??

Aymê- graças a Deus!

seguro o rosto dele ,e beijo a boca dele como se fosse o ar que eu precisasse para sobreviver.

Samurai- eu tô aqui meu amor!

Médico- nós vamos para o hospital, ela não pode dar a luz aqui é arriscado.

Samurai- eu vou junto, não vou te deixar sozinnha minha vida.

Aymê- más e a polícia ?

Samurai- foda-se a polícia, foda- se tudo, só você e os meus filhos importam agora.

Meu coração ficou tranquilo. Na garagem em um canto do muro, eu vi a Rafa, sentada no chão, com a cabeça jogada para a frente, uma poça de sangue no chão se forma onde ela está sentada.

Aymê- a Rafa tá ferida!

Samurai- onde?

Apontei para onde ela tá!

Dulce- Rafaela! Filha!

Aymê- corre pega ela amor.

O samurai chamou os seguranças, perguntou se tinha acontecido alguma coisa aqui perto,más eles falaram que tava tudo tranquilo.

Com ajuda do médico eu entro no carro, os seguranças colocam a Rafa em outro carro com a dona Dulce, o samurai vai comigo.

As dores vão ficando cada vez mais forte e a barriga vai ficando rígida, grito segurando a mão do samurai, ele beija minha testa suada.

Samurai- eu te amo!

Chegamos no hospital, o médico tira o jaleco, o crachá e entrega uma máscara cirurgica ,luva e touca para o samurai vestir.

Médico- vamos lá! trazer esses gêmeos para o mundo.

Entramos no hospital, o médico falou que o samurai é o anestesista, que vai acompanhar o parto, alguns soldados se espalharam pelo hospital, entraram como pacientes, fomos para o centro cirúrgico.

Troco a roupa por uma camisola do hospital, a dor na minha cabeça ainda tá muito forte. O médico me examina, escuta os batimentos dos gêmeos.

Médico- mãezinha sua pressão está alta, já conversamos sobre isso antes, o risco da endometriose pode se estender até o parto, e sendo de gêmeos é ainda mais arriscado, gêmeos nascem com algumas semanas antes é assim mesmo, más eles estão nascendo muito antes do esperado, vamos ter que fazer uma cesariana de emergência, para retira-los e garantir que eles fiquem bem e você também.

TuranoOnde histórias criam vida. Descubra agora