Planos desfeitos

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Aymê narrando- está chegando o dia da viajem, dia de realizar o sonho da minha vida, ter meu nome anunciado em um desfile importante, ter meu nome assinado como estilistas, é muito mais do que eu imaginei, acho que nem mereço tanto, tem muitas pessoas infinitamente melhores que eu, eu nem me formei ainda, e já estarei na semana de moda de Paris, graças a alguém que acreditou em mim, e fez o impossível para que eu não desistisse do meu sonho, um anjo da guarda, chamado Daniel.

O samurai ficou todos esses dias manhoso demais, dengoso, grudado em mim e nos gêmeos, não quis ir pra boca, quase nem saiu de casa.

Tá tossindo já tem alguns dias, tô achando até ele mais magro, já tá adoecendo de tanta manha.

Aymê- vida é só uma semana, porquê você tá tão assim? Eu juro que vou te ligar direto.

Samurai- não é a mesma coisa.

Aymê- quer ir junto? A gente dá um jeito.

Samurai- não posso preta, é arriscado demais, não dá.

Aymê- vai passar rápido, quando voltar eu não vou sair de perto de você tá, é a última vez que eu vou, eu prometo.

Samurai- não preta, não quero embarrerar sua vida, nem ser impedimento pra você fazer seu corre, eu não sei o que tá rolando, tô com uma parada esquisita, vai passar, só deixa eu ficar assim grudadinho em você por favor.

Aymê- eu não vou mais amor, não vou conseguir ir, e deixar você assim, não vou conseguir ficar bem com você aqui desse jeito.

Samurai- eu vou ficar de boa vida, você vai sim, para de jogar conversa fora.

Abraço ele, eu achei realmente que era só manha dele, más tem alguma coisa errada com o samurai, ele tá muito quieto, não tá comendo direito, tá desanimado demais pra ser ele, e eu tô começando a ficar preocupada de verdade.

Colocamos os gêmeos no quarto deles e voltamos para a nossa cama, ele tira a blusa e deita do meu lado, escolhe um filme, que ele não assistiu nem o começo e já dorme.

Aproveito para, finalizar alguns detalhes nos modelos que já estão costurados, a Rafaela será uma das modelos, ela vai ser a modelo mais linda, eu tenho certeza que ela vai brilhar muito.

Me assusto com o samurai tossindo, uma tosse rouca, seca, coloco a mão na testa dele, tá pegando fogo.

Aymê- amor acorda, meu amor acorda!

Ele abre o olho assustado.

Samurai- que foi vida?

Aymê- você tá tossindo muito, tá com febre.

Samurai- deve ser nada não, eu sou de ferro , não fico doente não.

Aymê-vou lá embaixo fazer um chá pra você e pegar um remédio.

Samurai- precisa não vida, eu tô de boa.

Ele tá arrepiado, puxa a coberta e se enrola cobrindo até a cabeça, desço as escadas, faço um chá e pego um remédio para febre.

Volto para o quarto, ele já tá dormido de novo, a febre deve ter subido,ele tá muito mais quente e com o corpo tremendo.

Aymê- meu amor, acorda por favor.

Balanço ele, e puxo a coberta.

Samurai- tá frio, tá tão frio aqui, desliga o ar vida.

Aymê- o ar não tá ligado amor, toma o chá e o remédio.

TuranoOnde histórias criam vida. Descubra agora