Função

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Aymê narrando- nem todo dinheiro do mundo é infinito, não é barato pagar tratamento médico para câncer, não é barato pagar para que as pessoas escondam o samurai, e manter tudo o que temos, não tem auxílio doença no crime, só lucra se tiver na atividade. O  Meu amor não tem condições nenhuma de encarar qualquer trabalho agora.

Pensei no dinheiro que o Daniel me deixou, más para resgatar o valor eu vou precisar de tempo, para lidar com a justiça,e tempo é uma coisa que não temos. Nunca pensei que faria parte do mundo obscuro do crime, más pelo samurai eu faço parte de qualquer coisa, ele é meu mundo, e se ele se for eu vou morrer junto.

Um dia eu tive medo de amar tanto alguém a ponto de esquecer de mim, e esquecer os meus sonhos , eu amo ele a esse ponto, não imagino mais a minha vida sem ele, não tem sonho que eu me deixe sonhar que ele não esteja nele, e o melhor é que eu não tenho medo desse amor, porquê ele é tão forte ,tão verdadeiro que me dar forças e coragem para enfrentar o que for, até o medo.

Hoje é o dia de iniciar o tratamento, o samurai acordou cansado, tossindo, parece triste, mal me olhou.

Aymê- Bom dia amor da minha vida.

Ele força um sorriso.

Samurai- Bom dia preta.

Aymê- pronto?

Samurai- não, más bora lá.

Ele levanta, tomou banho. Faço um café da manhã caprichado, como o médico falou, espero o samurai na cozinha com os gêmeos.

Aymê- olha seus pivetinhos acordaram cheio de energia hoje, acho que é o jeitinho que eles tem de desejar boa sorte, e torcer pelo papai.

Ele dá um beijo em cada um deles, o Davi é apaixonado nele, só de ouvir a voz , ele já balança os braços. Ele pega o Davi no colo.

Samurai- ei pivete lindão do pai.

Aymê- me dá ele amor, come pra gente não se atrasar.

Pego o Davi, dou mamar pra ele,depois pra Eloá. O samurai termina de comer e segurou ela.

Samurai- amorzinho do pai, se comporta com a vovó viu.

A dona Dulce chega para ficar com eles, abraça o samurai, abençoa. Saímos para a clinica, o marola vai dirigindo.

A enfermeira chama, entramos em uma sala, ele começou a tremer quando vê a agulha.

Aymê- fecha o olho vida, se você ficar olhando é pior.

A enfermeira fura a veia dele, ele tremendo, a mão que segura a minha apertando e suando.

Samurai- odeio agulha!

Aymê- eu amo a agulha que vai ajudar você a se curar.

Samurai- eu amo você.

Fici distraindo ele, conversando pra ele não lembrar que tem uma agulha no braço, o remédio vai correndo na veia.

Samurai- vida tô ficando enjoado, quero vomitar.

Aymê- pode vomitar amor, o médico disse que isso podia acontecer lembra?

Samurai- que merda, vomitar na sua frente, isso é nojento.

Aymê- eu não ligo seu bobo, eu já vomitei na sua frente lembra?acho que isso é a prova de amor mais sincera que existe.

Ele não conseguiu mais segurar e vomitou. Depois da quimioterapia fomos para casa, ele vomitou algumas vezes, ficou exausto, e passou o dia todo deitado.

TuranoOnde histórias criam vida. Descubra agora