Is It Love? Cristina

7 - Pensamentos palpáveis

         Meus pais foram buscar os rapazes na festa. E eu troquei de roupa para dormir um pouco. Afinal, estudávamos à noite e dormíamos de dia. Apoiei a cabeça sobre o peito do meu irmão e o abracei. 

         _ Bons sonhos, Tom. 

         _ Bons sonhos, Cris. 

         Os primeiros raios de sol entravam pela janela. E eu não demorei a adormecer. 

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         Quando acordei, estava sozinha no quarto. Me arrumei com o mesmo cuidado de sempre. Optei por usar o estilo roqueira dessa vez. Eu costumava variar mais antes. Mas desde que minha aura começou a afetar o Draco, eu preferia os trajes de época. Por saber que ele não se sentiria tão atraído por aquelas vestes. Quando eu usava meus vestidos de roqueira, ou calças, ele reparava mais em mim. E isso me incomodava. Mas aproveitando a presença dos meus pais, que sempre o inibia um pouco, eu resolvi mudar o estilo. Coloquei o meu vestido vermelho, luvas, meia calça preta e botas de cano curto.  Prendi o meu cabelo e deixei apenas uma mecha solta de cada lado do rosto. 

         Desci as escadas, pensando que ainda não tinha conhecido toda a residência. Então resolvi explorar. Encontrei a biblioteca, o escritório e a cozinha. Que para nós era inútil. Ali não tínhamos o sangue doado. 

          _ Também estou com sede. 

          Draco estava parado na porta da cozinha e me olhou de cima à baixo. Encostado no batente, de braços cruzados. 

          _ Você não quer deixar eu te morder, mas eu deixo você me morder. 

          _ É melhor reunir todos para caçarmos. 

          _ Não pode fugir disso para sempre. Está com medo de sentir êxtase comigo? _ ele provocou. 

          _ Não. Eu sei me controlar caso aconteça. Não vou ficar te perturbando para compartilhar com frequência. Mas se você sentir... Eu não terei mais paz!  

          _ Eu só ia pedir de vez em quando. Que mal tem? _ ele disse. 

          _ Esquece isso. Como foi sua festa?

           _ Acho que fui muito influenciado por você, minha mãe e minha irmã. Eu não me senti confortável lá. Não é assim que eu quero começar a minha vida íntima. Com alguma prostituta. _ ele disse. _ Mas tentei sentir êxtase compartilhando sangue e não consegui. Tem algo errado. Não é possível! 

           _ Quando você parar de forçar e deixar acontecer naturalmente, vai sentir de novo. _ eu aconselhei. 

           _ Se eu não morder ou for mordido, não vai acontecer. Preciso compartilhar mais. 

           _ Que seja. 

           Passei por ele, saindo da cozinha. Ele segurou o meu braço. 

           _ Eu não vejo você olhando para os outros primos como olha para mim. Está incomodada com o meu interesse em você. Mas sua aura afeta à todos nós. Por que me trata diferente? Fica fugindo de mim. 

           _ Nenhum deles está me perturbando para tomar o meu sangue. Ouviram eu dizer que não queria e respeitaram. Você é o único que não sabe ouvir um não! É mais mimado que o Kevin. 

           _ Tudo bem. Não te perturbo mais. Vou continuar mordendo vários pescoços por aí, até sentir o que eu quero. _ ele saiu pisando duro. Como uma criança pirracenta.