29 - O que não podem saber

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           Fiquei observando da janela, esperando Draco voltar. Tomás estava dormindo. Eu lhe contei sobre minha conversa com Asrael. Os originais o estavam pressionando na escola. Era necessário ter paciência com ele. 

           Quando senti a aura de Draco, desci para esperá-lo em frente a porta. Ele estava pilotando rápido, mas já não parecia nervoso. Desligou a moto e tirou o capacete. Ajeitou o cabelo e disse sem olhar para mim...

           _ O que faz aqui fora?

           _ Estava te esperando. Fiquei preocupada.

            _ Não tinha porquê.

            _ Desculpa.

            _ Pelo quê está se desculpando?

            _ Por você não conseguir ser você, por minha culpa. 

            _ Eu sou eu. Impulsivo, curioso e não me arrependo do que faço. Porque faço o que eu quero fazer. Aceito meus erros, pois sei que me farão amadurecer. Faz parte da vida. Eu não fujo da dor. E sinto muito que você não consiga ser assim.

             Ele desceu da moto e entrou. Eu continuava com uma sensação estranha de angústia. 

             Fui atrás de Diego. Achei-o sentado na borda da piscina. Junto com a Thaís. Ela era uma boa amiga para o meu irmão. 

             Diego se levantou assim que me viu e se aproximou. 

             _ Você pareceu bem chateada. Ainda está. _ ele apontou. 

             _ Sim. Pode me acalmar? _ pedi.

              Ele me abraçou e mordeu meu pescoço. A sensação familiar trouxe a calma que eu estava precisando. 

             Afaguei seu cabelo macio e continuei abraçada a ele.

           _ Quem me dera se Draco fosse mais carinhoso comigo. Mas ele só aceita um pouco de grude. _ Thaís lamentou. _ Não fique chateada com o Asrael. Ele odeia perder no confronto e na popularidade, para o seu irmão!

           _ Eu conversei com ele. Está tudo bem. Mas devia falar com o seu irmão. Acabou de chegar e ainda está estranho. _ pedi.

           Ela se levantou e olhou para o segundo andar. A janela do quarto dele estava aberta e a luz acesa.

           _ Tem coisas que ele precisa resolver sozinho. _ ela disse e foi atrás dele.

           Diego fez um carinho no meu rosto e beijou minha testa.

           _ Não gosto que se sinta pressionada pelo interesse dele. Você não é obrigada a corresponder.

         _ Eu sou muito dura com ele? Um pouco má? Devia falar com mais cuidado?

         _ Na verdade é mansa de mais. Se fosse mesmo mais cruel, ele já tinha desistido.

          _ Eu o incentivo de alguma forma?

          _ Não. Todos percebem que você está incomodada com o interesse dele. Mas o motivo da sua atitude divide opiniões. Alguns acham que você é que não se comporta como uma vampira adulta e outros acham que ele é obcecado de mais e força a barra.

           _ Estão culpando nós dois. _ suspirei desanimada.

           _ Não há culpados. O clima estranho vai passar. Não se preocupe.

Is It Love? CristinaOnde histórias criam vida. Descubra agora