18 - Kevin ausente

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        Eu estava lendo um livro na biblioteca com o meu irmão. Draco entrou e sentou-se na poltrona.

        _ Vocês me deixaram preocupado. Viram algo ruim no futuro do Kevin? Não quero perder o meu melhor amigo.

        _ Não exagera. Acho que o rei não irá matar quem criar mestiços. Só vai castigar. _ Tomás disse.

        _ De que jeito?

        _ Se a colega dele não mudar de ideia, logo vamos descobrir. _ eu disse.

        _ E agora estão aí tranquilos. Depois de ter assustado todo mundo.

        _ Você não parecia assustado na piscina. _ alfinetei.

        _ Eu menti por acaso? Eu sou mesmo irresistível. Só que já está anoitecendo e nada do meu amigo.

         Aquela sensação estranha de novo passou por mim. E eu me lembrei do embrulho que Draco recebeu. Nas duas ocasiões daquela sensação, Draco estava se gabando da sua aparência. Afinal de contas... O que ele estava aprontando dessa vez?

         _ Não venha com truques. Não irá funcionar. _ avisei.

         _ Não sei do que está falando. _ ele disse.

         Sua expressão inocente não me enganava. Só não o fazia me dizer o que fez, porque meu irmão estava ali. Ele não era obrigado a presenciar as loucuras de Draco.

         _ Vou ligar para o Kevin.

         Ele se levantou e saiu da biblioteca.

         _ De que truques está falando?

         _ Sinto que o Draco está aprontando alguma coisa. Mas não sei o que é.

          _ Vamos ficar de olho. Mas no momento a prioridade é o Kevin.

          _ Sim. E pensar que achavam que era o Draco a má influência dele.

          Depois de um tempo Tomás foi tomar banho. Eu fui para o quarto. Ainda preocupada com o Kevin. Não aguentei e fui procurar o Draco. Para saber sobre a ligação.

         Ele estava no quarto, tocando sua guitarra. Com o cabelo bagunçado. Sem camisa. Pulseiras de couro. Calça rasgada. Descalço. E eu me perguntei porque estava reparando tanto nele.

        _ Conseguiu falar com o Kevin?

        _ Ele disse que vai passar o fim de semana todo com os amigos e que não está aprontando nada.

        _ Ótimo.

        _ Escute essa música que estou compondo...

         Sua voz grave combinava com o ritmo agressivo do rock. Músicas épicas soariam lindas se ele interpretasse.

          _ E então, o que acha?

          _ Você tem muito talento. E essa música fica ótima na sua voz. Mas a minha é aguda. Não acho que vai combinar.

          _ A voz do Tomás é mais grave que a minha. Sempre penso em vocês dois como vocalistas. Então acho que vai ficar perfeita na sua voz. Vem comigo.

           Aprendi o refrão para cantar com ele e aos meus ouvidos a combinação de nossas vozes soou perfeita.

           _ Tem razão. _ admiti. _ Nossa banda será um sucesso.

           _ Sim. Todos vão reconhecer nosso clã. Sobrenaturais e humanos.

           _ Vou deixá-lo compôr. Boa noite.

Is It Love? CristinaOnde histórias criam vida. Descubra agora