50 - Acerto de contas

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           Estava deitada no sofá com a cabeça no colo de Tomás, que afagava o meu cabelo, quando ouvi a voz de meu avô na minha mente...

           "Darius reforçou as regras de casamento e disse que filhos bastardos é um problema de quem os gerou. Ele não fará nada quanto a isso. A classificação vampira deve ser respeitada. Mas ele cobrou seguirem a recomendação que ele deu quando aboliu a escravidão dos transformados... É para tratar com respeito todos os vampiros de sangue puro. Ou seja, sem mistura de raças. E quanto aos rebeldes... Ele deixou claro sua confiança em nosso clã. E disse que truques imbecis não vão enganá-lo. Me permitiu lidar com os rebeldes como eu quiser. Para que todos reconheçam nossa lealdade."

          Ou seja, mostrar a todos que Lorde Viktor era submisso ao rei. Como todos os vampiros. E que não havia qualquer competição entre eles. Cobrar respeito aos vampiros por inteiro, não era o bastante. Deveria haver algum tipo de punição. Ou nada mudaria.

          "Foi exatamente o que eu disse ao rei. Desrespeito aos vampiros, dará direito a desforra. E eu deixei claro que no meu caso, se atacarem um de vocês, o clã inteiro vai dar o troco. Somos família por consideração. Mas não há nenhuma mais unida do que nós."

           "Fico feliz que haja um caminho para o entendimento. Diga aos rebeldes para revidarem. Já que se sentem ofendidos. Mas avise que eu também tenho direito. Já que me atacaram primeiro." Tomás disse.

          "Vou te levar comigo quando for conversar com eles."

           A conexão mental foi desfeita. Me levantei para ir contar aos outros o resultado da reunião do conselho. Segurei a mão de Tomás e fomos na direção da piscina.

           _ Venham se molhar um pouco. A água está na mesma temperatura da nossa pele. Geladinha. Uma delícia. _ Sofia disse.

           _ Depois. Viemos contar sobre a reunião do conselho. Nosso avô acabou de nos avisar por telepatia. _ Tomás disse.

           _ Eu queria poder falar na mente da sua irmã as coisas que eu penso. Ninguém ia ouvir e ela não ficaria tão sem graça. _ Draco disse.

           _ Até eu preferia não ter que ouvir suas palavras sujas. Mas tenho pena da minha irmã ter que te aguentar. Ela merecia alguém melhor.

            Draco o encarou ofendido.

            _ Está vendo? Eu não quero minha irmã perto do seu irmão. E o Tomás não quer me ver perto de você.

            _ Ele tem motivo para não te aprovar. Mas você não tem. Diego é irrepreensível! _ defendi meus irmãos.

            _ Devia me apoiar como cunhado. Eu não estou usado e me adaptei aos desejos da sua irmã. Será tudo do jeito dela. Casar virgem, com sentimentos.

            _ Caso continue se comportando eu vou abençoar esse relacionamento. _ meu irmão afirmou.

            Draco se mostrou surpreso e logo em seguida sorriu. Como se tivesse ganhado um prêmio. A aprovação de Tomás era importante para ele. Ele sabia que eu não namoraria um rapaz que minha família não apoia.

            _ Nosso avô disse que o rei não fará nada com os filhos bastardos dos originais. Mas que só se pode casar entre originais. A regra não será alterada. Com relação ao tratamento dado as classes vampiras. Agora cada ofensa a um vampiro sem mistura de raças, dará direito a retaliação. Ele também deixou nosso avô lidar com os rebeldes como ele quiser. _ contei.

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