Era para ignorar os bastardos. Mas o caos que isso estava trazendo à sociedade dos vampiros, fez com que o rei precisasse agir. Os originais estavam furiosos. O orgulho e o ego feridos. Não por fazerem bastardos, mas por serem forçados a isso. Os rebeldes debochando. Dizendo que os filhos deles seriam escravos. Não estava ajudando.
_ Diálogo não resolveu. _ Draco disse. _ É hora de partir para o combate.
_ O que o Yan vai fazer? _ perguntei.
Estava estudando com o meu irmão, no meu quarto da universidade. Draco simplesmente entrou e se jogou na minha cama.
_ Arrancar informações do garoto que zombou dele. Ir atrás dos responsáveis e descarregar a raiva. Eu não concordo com a parte de engravidar as irmãs, mães, amigas e qualquer mulher envolvida com eles. Para fazê-los criar seus bastardos. Como punição.
Não acreditei no que ouvi.
_ Agora ele quer espalhar filhos por aí?
_ Acho que não é sério. Ele só está com raiva. _ Draco o defendeu.
_ Todo esse ódio precisa acabar. Mas como? Os originais nunca vão pedir perdão por terem escravizado os transformados. E matado alguns. E isso nunca será o suficiente. Perdão não apaga o que aconteceu. _ eu disse.
_ Eles precisam lutar e colocar para fora toda essa raiva. _ Draco disse.
_ Se isso fosse o suficiente, era só organizar uma edição especial do torneio anual só para vampiros. _ Tomás disse.
_ A ideia é boa! _ Draco concordou.
A voz do rei foi muito clara em nossa mente. Agora já entendíamos o que ele dizia.
"Saudações a todos os vampiros íntegros. Quem vos fala é o teu rei. Estou decepcionado com o que tem acontecido em nossa sociedade. Vocês não vêem lobisomens questionando a hierarquia e o que eles fazem. Nem mesmo os híbridos. Fui tolerante com a vossa revolta e lhes permiti a retaliação. Pensando que iam duelar. Porém, vocês estão provocando o caos em nossa linhagem e interferindo nas nossas famílias. Deveriam ser gratos por termos lhes dado a oportunidade de serem parte da nossa sociedade. E nos servido sem reclamar. Se o vampirismo fosse reversível, eu os tornaria humanos. Pois não merecem estar entre nós. Como não é, só nos resta eliminá-los. Já que não gostam de como as coisas funcionam na nossa sociedade e não têm respeito pela nossa hierarquia, não precisam se forçar a fazer parte de nós. Quando algo causa o caos, basta remover e tudo volta ao normal. Além de eliminar todos os que não se adequam a nossa sociedade, estou proibindo transformarem. A partir de hoje, todo vampiro terá que nascer assim. Ninguém mais chegará a isso pela transformação. Pois vemos que não sabem ser gratos pela honra de se tornarem parte da nossa sociedade. Eu sou Darius Roux. Teu rei."
_ O inspetor não foi o único a pensar dessa forma. _ eu disse. _ O caminho mais fácil nem sempre é o melhor.
_ Ainda bem que já transformei meu exército. _ Draco disse.
_ Não faz diferença para a maioria dos originais. Eles transformavam para escravizar. Desde que não podiam mais, já não fazia sentido transformar alguém. _ Tomás disse.
_ Tem razão. Nosso avô foi o único que transformou para tratar como filhos. Teve alguns poucos que o fizeram para ter um exército pessoal. _ concordei.
_ Mas o rei pretende matar só os rebeldes? Vai deixar passar os bastardos? _ Tomás perguntou.
_ Vão nascer vampiros. Então eu acho que sim. Do contrário teríamos que procurar a Cloe. _ eu disse.
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Is It Love? Cristina
FanfictionCristina não conseguiu perdoar Draco e o rejeitou. O rapaz mais uma vez recorreu ao irmão mais novo dela, para que tenha outra chance de consertar as coisas. No entanto, o orgulho e as diferenças entre eles continuam no caminho. É possível conciliar...