38 - Flerte

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         Recebi outra mensagem de Draco. "Não pode haver interações românticas na universidade. Preciso flertar de forma sigilosa. Então assista com fones de ouvido e seja discreta. Ah... Ponha senha no seu celular. É arriscado aqui."

         Eu não deixava meu celular ao alcance de estranhos. Mas segui o seu conselho. O vídeo não era longo e imaginei que ele estaria dançando. Mas na verdade era uma música totalmente diferente do estilo que nós gostamos. Era sensual. E ao invés de dançar, ele estava provocando. Com o olhar, sorriso e gestos. A montagem dava zoom em seus olhos, lábios e no tórax desnudo. Ele ainda teve a ousadia de enfiar o polegar dentro da calça e puxar pra baixo. Como se quisesse expôr o que não devia.

            "Você deve gostar de punições. Não é possível. Me respeita, Draco." Enviei.

            "Gostou? Eu posso te mostrar muito mais. Não diga que não tem curiosidade sobre o corpo masculino." Ele respondeu.

            "Não quero ver nada. Seu safado, tarado, sem vergonha, pervertido, devasso, promíscuo, imoral." Reclamei.

            "Quantos apelidos... Obrigado! Me diga... Você reagiu à mim, na floresta. Ou foi efeito da adrenalina da brincadeira?"

           Eu não ia confessar e não podia mentir. Então apenas ignorei. Bloqueei o número dele, para não receber aquele tipo de mensagem.

          Se ele queria me conquistar, errou feio na estratégia. O que ele estava mostrando é que só queria fazer um bebê.

           Desbloqueei o número dele e enviei... "Não sou uma égua parideira. Se quer apenas sexo, vá atrás de uma prostituta. Para de me assediar."

            "Eu não quero sexo. Quero você!" Ele respondeu.

             Ele era um belo rapaz, mas seu comportamento me desagradava.

            _ Está tudo bem? _ Tomás perguntou.

            _ Só o Draco me perturbando de novo.

            _ Ele não sabe como cortejar uma garota. Devia ler mais livros.

            _ Também acho. _ concordei.

            Agora que não tínhamos aulas extras, podíamos aproveitar o frescor da noite, sentados na grama do jardim da universidade. Enquanto esperávamos o amanhecer, para poder dormir.

           Estava pensando em ir pegar um livro na biblioteca, quando um grupo de vampiras se aproximou. Não eram originais.

          _ Você é a Cristina?

          _ É o meu nome, mas não sou a única. Qual Cristina está procurando?

          _ Uma Bartholy.

          _ Então sou eu mesma. Do que se trata?

          _ Você tem algum interesse no Draco?

          Fiquei sem graça e irritada com a pergunta invasiva, vindo de uma desconhecida.

          _ Não.

          _ Então para de lhe dar esperanças. Têm tantas garotas querendo namorá-lo ou apenas curtir uns momentos após compartilhar sangue, mas ele sempre recusa. Diz que não pode ficar usado. E rejeita qualquer interação além da mordida.

           _ Então sejam mulheres maduras e saibam respeitar o não dele. Afinal de contas, ele não é obrigado a lhes corresponder!

          Elas me olharam indignadas.

Is It Love? CristinaOnde histórias criam vida. Descubra agora